• Músicos petropolitanos se encontram em evento histórico Neblina do Rock reuniu 20 bandas em nove horas de música

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  • 05/11/2019 12:00

    Um grande reencontro de amigos que compartilham a mesma paixão: a música. Foi com este propósito que 75 músicos petropolitanos, de 20 bandas, de diferentes gerações desmarcaram compromissos, venceram a distância e até os sinais da idade para estarem todos reunidos “no maior encontro da música petropolitana”, como intitulou o guitarrista Gargamel. 

    Criado para arrecadar fundos para finalização do documentário “O som por trás da neblina”, o evento Neblina do Rock aconteceu no último sábado, no Petropolitano F.C, e já se tornou um marco para o cenário da música local. “Estou emocionado. É um evento único. Tocar aqui hoje tem um sabor diferente. Eu comecei a tocar em 1991 e hoje terei a oportunidade de ver bandas dos anos de 1970, que conseguiram se reunir para essa festa”, declarou o vocalista Gus Monsanto.

    Edu Koslowscky

    Para os integrantes da banda Metamorfose, o evento foi ainda mais especial, porque foi o responsável pela volta aos palcos depois de 42 anos. “Estou feliz para caramba! Estamos nas nuvens! Estou com o dedo sangrando por ter ficado tanto tempo sem tocar. Agradecemos ao Roberto Oto pela iniciativa de resgatar a história do rock. Subir ao palco depois de tanto tempo e ver que muita gente lembra as músicas que escrevemos na década de 1970 é incrível!”, contou o guitarrista e vocalista Octávio Fargens ao lado do baterista Paulo César Dias, que anunciou oficialmente a volta da banda aos palcos: “Foi este evento que nos uniu”, pontuou Dias. 

    Outro momento histórico foi a chegada do músico Francis Drake. Ainda se restabelecendo de problemas de saúde, o ícone do rock veio em uma cadeira de rodas e foi ovacionado. Ainda do lado de fora, uma fila de músicos e fãs se formou para registrar a presença do cantor. Na plateia, o amigo e fã, Marcelo Firmino de Castro, de 51 anos, exibia o LP, intitulado “Só para os loucos, só para os raros”, lançado pela banda Black Zé, em 1991, a qual Drake foi baterista. 

    Francis Drake durante o show

    “Nosso objetivo era arrecadar fundos para financiar a finalização do documentário e fomos presenteados com algo muito maior. Estamos muito felizes com o resultado do evento. Os músicos abraçaram a causa e transformaram o Neblina do Rock em um momento histórico”, avaliou, emocionado, o produtor Roberto Oto, anunciando que o show ganhará uma versão digital que será lançada em breve. “Gravamos todos os shows para eternizar este momento”, concluiu.

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