11/mar 08:21
O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) denunciou, nessa segunda-feira (10), o que chamou de estado de abandono do prédio dos Correios, na Rua do Imperador, Centro de Petrópolis. O prédio histórico foi fechado para restauração em abril de 2024 e, até o momento, as intervenções nem mesmo foram iniciadas, segundo o Sintect.
Também nessa segunda-feira, a Tribuna flagrou que o local está apenas com algumas estacas de madeira, mas as faixas foram retiradas.
O diretor do Sintect-RJ, Leônidas Silva, explica que a reforma do prédio, nas áreas externa e interna, já é cobrada há 10 anos. A situação, inclusive, deve ser levada ao Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal.
“Nos foi prometido uma obra. Há cerca de oito meses, estenderam uma madeira, colocaram um tapume para poder mostrar para o povo que estava cercado o prédio e teria uma obra. Só que essa obra não aconteceu até hoje”, explicou o diretor à Tribuna.
O sindicato também considera que o fechamento causa prejuízos à população. Quem precisar utilizar os serviços da empresa pública, deve utilizar uma agência franqueada. A agência própria mais próxima do Centro está apenas em Itaipava, já que a de Corrêas foi fechada em 2022 após a tragédia. Os trabalhadores também foram realocados.
“Diante da situação, os trabalhadores da unidade foram deslocados para o Centro de Distribuição Domiciliar Floriano Peixoto, onde não há atendimento para o trabalhador enviar uma encomenda. Lá só tem condições de buscar o produto”, explicou o diretor.
O prédio dos Correios é histórico. O palácio foi inaugurado em 1922, pelo presidente Epitácio Pessoa, em terreno doado pela Princesa Isabel.
“Estamos chamando a atenção para o abandono dessa unidade, no Centro de Petrópolis. Unidade que teve o seu terreno doado pela Princesa Isabel. Lamentavelmente, tudo largado e abandonado”, criticou o presidente do Sintect-RJ, Marcos Sant’Aguida.
A reportagem procurou os Correios, mas não teve retorno até a última atualização.
Leia mais notícias sobre Petrópolis e região: