• Caminhadown entra para o calendário fixo de eventos de Petrópolis

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  • 31/10/2019 14:30

    A Caminhadown, caminhada de conscientização para a inclusão de pessoas com síndrome de Down, agora faz parte do calendário fixo de eventos calendário da cidade. O encontro será realizado anualmente, sempre no último domingo do mês de março, lembrando o Dia Internacional da síndrome de Down.

    A proposta de inclusão do evento no calendário foi apresentada na Câmara Municipal pelo vereador Hingo Hammes, que há anos participa da caminhada como voluntário. “Essa é uma causa pela qual vou lutar sempre. A síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição que de forma alguma impede o convívio social, a vida escolar ou profissional. Pelo contrário. Conheci várias pessoas com síndrome de Down que estudam, saem com os amigos, namoram, trabalham. São pessoas comuns, de uma sensibilidade enorme. É a falta informação que cria uma barreira para o desenvolvimento desses indivíduos. A caminhada é uma oportunidade para que todos – com ou sem a síndrome – se encontrem, troquem informações e criem uma grande corrente para acabar com o preconceito e garantir mais oportunidades a essas pessoas”, afirmou.

    Ao sancionar o projeto que inclui a caminhada no calendário, o prefeito Bernardo Rossi frisou que o evento é organizado por pessoas da sociedade civil, com o único objetivo de conscientizar a população. “A caminhada começou com um grupo de amigos, que entendeu a necessidade de ampliar o acesso das pessoas às informações sobre a síndrome. Quanto mais pessoas se juntarem a nós, melhor. Todos podemos atuar como multiplicadores”, lembrou Hingo Hammes.

     

    O que é a síndrome de Down? 

    (*dados da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down)

    A síndrome de Down é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita como tal há 150 anos, quando John Langdon Down, em 1866, se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria. Desde então tem-se avançado em seu conhecimento, ainda que existam mecanismos íntimos a descobrir. Em 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram de maneira independente a origem cromossômica da síndrome. Foi quando ela passou a ser considerada uma síndrome genética.

    A síndrome de Down é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo (trissomia). Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

    As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.

    As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Se você é pai ou mãe de uma pessoa com síndrome de Down, o mais importante é descobrir que seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. 

    Números

    Estima-se que, no Brasil, a trissomia 21 ocorra em 1 a cada 700 nascimentos, o que totaliza em torno de 270 mil pessoas com síndrome de Down.

    Nos EUA, a organização National Down Syndrome Society (NDSS) informa que a taxa de nascimentos é de 1 para cada 691 bebês, sendo em torno de 400 mil pessoas com síndrome de Down.

    No mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos. A cada ano, cerca de 3 a 5 mil crianças nascem com síndrome de Down.

     

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