• Documentário ‘Eu Sou a Onda’ resgata legado de Bira Rasta e revela músicas inéditas do artista

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  • 08/mar 08:46
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Divulgação

    O legado musical e cultural de Bira Rasta, um dos pioneiros do reggae brasileiro, será celebrado no documentário “Eu Sou a Onda”. Em fase de produção, o curta de 25 minutos revisita a história de Ubirajara Nascimento da Silva – músico, compositor e instrumentista – na cena independente do país. O filme, dirigido por Gregori Bastos, tem como trilha sonora músicas inéditas não-lançadas pelo artista, além de seus maiores clássicos e uma canção composta exclusivamente para o filme.

    Bira Rasta era conhecido pelo seu carisma e magnetismo, e é isso que o documentário pretende mostrar. Bastos foi atrás de depoimentos de familiares, amigos e artistas que fizeram parte da vida do músico, como Serginho Meriti. As memórias são permeadas por imagens de arquivo também inéditas, que retratam desde a infância e adolescência, na década de 1960, em Itaboraí e Rio Bonito, até os primeiros shows em Petrópolis, onde se radicou, e em Niterói, além da presença em festivais no Rio Grande do Sul e da Bahia.

    “O legado de Bira Rasta transcende o reggae e se confunde com a própria história da música independente no Brasil. Nosso objetivo com ‘Eu Sou a Onda’ é dar a ele o reconhecimento que merece e levar sua história para novas gerações. As faixas nunca lançadas serão um presente para os fãs que acompanharam sua carreira”, afirma Bastos.

    A trajetória do músico está atrelada, ainda, à efervescência do movimento reggae da Baixada Fluminense, onde nomes como Toni Garrido e Marcelo Yuka surgiram. Seu primeiro álbum, junto com a banda Alma Reggae, foi lançado pelo selo Rock it, de Dado Villa Lobos. Já a canção Charuto de Rasta se tornou um hino para os amantes do reggae.

    A narrativa do filme se constrói sobre três pilares fundamentais: a infância de Bira Rasta e o primeiro contato com a música através do irmão Gatão; sua imersão no reggae e a luta antirracista por meio da arte; e os desafios enfrentados ao longo da vida, incluindo suas prisões, a batalha para se manter na cena independente e o reconhecimento póstumo que sua obra merece.

    A estreia do documentário está prevista para abril. O curta será exibido em espaços públicos de Petrópolis, Niterói, Itaboraí e Rio Bonito, como forma de ampliar o seu alcance e reforçar a importância de Bira Rasta para as cidades onde viveu e passou.

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