• ‘Envergonhados’ com futebol em Guayaquil, corintianos confiam em vaga na Libertadores

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  • 05/mar 23:54
    Por Estadão

    Os jogadores do Corinthians não esconderam que a apresentação do Corinthians em Guayaquil foi vexatória. A derrota por 3 a 0 para o Barcelona deixa a equipe em situação bastante delicada por vaga na fase de grupos da Copa Libertadores. Apesar de admitirem que a partida realizada foi “vergonhosa” e dos pedidos de “desculpas” à torcida, tentaram se amparar na força das arquibancadas na Neo Química Arena para manterem um fio de esperança por reviravolta na série.

    Um dos jogadores mais identificados com o clube, mesmo não tendo jogado muito ultimamente por causa de uma grave lesão, o volante Maycon não escondeu sua indignação na saída do campo no Equador.

    “Difícil falar porque é uma coisa que já estamos vivenciando esse ano (alternar boas apresentações com partidas bem ruins) e não pode se repetir, em nenhum jogo pode, ainda mais em um eliminatório de Libertadores que a gente lutou tanto estar aqui e fazer isso. Me sinto envergonhado”, afirmou o volante à Globo.

    O técnico Ramón Díaz escalou a equipe com três zagueiros pela primeira vez na temporada para evitar sofrer gols e a estratégia dava certo até os acréscimos do primeiro tempo, quando João Pedro Tchoca cometeu um pênalti infantil por chegar atrasado na marcação. Apesar de nada criar, o clube se defendia. Com a volta ao esquema antigo e em desvantagem, os dois gols sofridos facilmente na segunda etapa complicou a situação dos paulistas.

    “Brigamos tanto para chegar e não saiu nada como planejamos. A vergonha é o pior sentimento que um jogador tem, é pedir desculpa ao torcedor, trabalhar firme, temos uma semifinal e o jogo de volta, e vamos lutar por essa classificação ainda”, garantiu Maycon, uma das trocas no segundo tempo, apostando na força das arquibancadas daqui uma semana.

    “Eles vão estar lá, vão apoiar a gente. É trabalhar para melhorar. É uma vergonha que pode ser trabalhada. No futebol existem situações reversíveis e essa é uma, mas temos de trabalhar. Não vamos pensar na quarta e sim no sábado, não repetir os jogos de baixo rendimento, pois a gente sabe que a cobrança é alta e no Corinthians tem de dar resposta imediata”, frisou, já pensando no Santos por vaga na final do Paulistão.

    O goleiro Hugo Souza também evitou caça às bruxas e tentou adotar um discurso de otimismo. “É difícil falar (sobre a apresentação e o resultado). Agora é esfriar a cabeça, colocar no lugar, para em casa fazer o que a gente sabe melhor, que é jogar futebol, ter a bola e agredir o adversário para fazer os gols que precisa para buscar a classificação”, disse.

    O goleiro aproveitou para se agarrar na mística corintiana por crença em reviravolta. Devolver um triunfo por três gols leva a decisão a pênaltis. Menos que isso, é eliminação. “Para essa camisa nada é impossível. É um resultado complicado, mas o time vai trabalhar e lutar até o final para em casa fazer os gols que precisa.”

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