Petróleo fecha em queda de quase 3% com Opep+ e discussão de cessar-fogo na Ucrânia
Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 5, e deram sequências às perdas registradas na última sessão, enquanto investidores repercutem o aumento da produção do óleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Países Aliados (Opep+) a partir de abril e monitoram as negociações para um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, sob mediação dos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em queda de 2,85% (US$ 1,95), a US$ 66,31 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 2,44% (US$ 1,74), a US$ 69,30 o barril.
De acordo com o ING, os preços do petróleo permanecem sob pressão em meio à crescente incerteza em torno das tarifas dos EUA e aos temores de que as políticas comerciais do presidente americano, Donald Trump, possam desencadear uma guerra comercial. “A incerteza aumentada está enviando os investidores para as ‘margens’. Isso é evidenciado por uma redução no posicionamento especulativo tanto no WTI quanto no Brent nas últimas semanas”, menciona.
No radar, os estoques de petróleo nos EUA tiveram alta de 3,614 milhões de barris, bem acima da projeção, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país, o que cooperou para a queda registrada nesta quarta.
Ainda, na terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse estar pronto para trabalhar “sob a forte liderança de Trump”, a fim de chegar a um acordo para finalizar a guerra. O conflito na Europa Oriental refletiu nos preços da commodity, já que, segundo a TP ICAP, “negociações sérias sobre a guerra Rússia-Ucrânia estão parecendo cada vez mais prováveis”, o que limita os ganhos do óleo.
*Com informações da Dow Jones Newswires