Após abertura em queda, dólar opera perto da estabilidade em dia de agenda fraca
Depois de uma abertura em baixa, o dólar ganhou algum fôlego e oscila perto da estabilidade na manhã desta segunda-feira, 24, já com viés de alta, como ocorre com seus pares no exterior. A última semana de fevereiro ainda é de agenda relativamente escassa, mas reserva indicadores de inflação importantes no Brasil e nos Estados Unidos, como o PCE norte-americano e o IPCA-15 brasileiro.
De acordo com Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio, o real tem mostrado um desempenho melhor que alguns dos seus pares principalmente por que o Brasil tem ficado de fora das discussões em torno da tarifação das exportações americanas. Apesar disso, diz, o mercado segue atento aos movimentos dos EUA e aguarda a divulgação de indicadores econômicos importantes aqui e no mercado americano.
Ainda, a proximidade do feriado de carnaval eleva a expectativa pelo retorno do Congresso, em um ambiente em que se espera avanços no campo fiscal. “Mas por enquanto estamos nos beneficiando desse momento em que não temos notícia ruim. Evidência disso é o dólar sendo projetado em torno de R$ 6 este ano no Boletim Focus, justamente porque essas questões ainda não foram definidas”, afirma.
A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada nos próximos 12 meses passou de 5,77% para 5,64%. A mediana para o IPCA de 2025 subiu de 5,60% para 5,65% e a de 2026 foi elevada de 4,35% para 4,40%. Para o dólar, o mercado promoveu um leve ajuste para baixo na mediana para 2025, que passou de R$ 6,00 para R$ 5,99. Para 2026, a projeção foi mantida em R$ 6,00.
Às 11h14, o dólar à vista era cotado a R$ 5,7310, em variação positiva de 0,01%, depois de ter registrado mínima em R$ 5,7080 mais cedo (queda de 0,39%).
O dólar futuro para março era negociado a R$ 5,7355, em baixa de 0,08%.
Ante o peso mexicano, considerado o principal par do real, o dólar subia 0,29%.