A guerra das sacolinhas; decisão cabe a Hingo Hammes que deve vetar
O prefeito Hingo Hammes deve vetar a lei que retorna com a cobrança pelas sacolas plásticas para levar as compras do supermercado. Ô polêmica o assunto. Nas redes sociais, o povo tem descido a marreta em Gil Magno, autor da lei que retoma com a cobrança. O viés é ambiental, para estimular as reutilizáveis e, estudos aqui e no exterior, mostram que as biodegradáveis usadas hoje não se desfazem nos prometidos cinco meses anunciados pelos fabricantes. Outra parcela enxerga que o custo das sacolas hoje já é repassado ao consumidor, embutido nos produtos comprados no mercado. O fato é que a polêmica está feita e tem até listinha nas redes com nomes dos vereadores que votaram contra e a favor.
Apelo ambiental
Mas, vamos do início: em 2019, uma lei do deputado estadual Carlos Minc fez com que o Rio de Janeiro fosse o primeiro a estabelecer a cobrança pelo custo das sacolas, o que estimulou o uso das reutilizáveis. Em dois anos em que vigorou, foram retiradas de circulação 4,5 bilhões de sacolas plásticas no Estado, segundo a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj). Mesmo com forte apelo do benefício ambiental, em 2021, cidades começaram aos poucos a estabelecer novas leis retornando com a distribuição das sacolinhas, “de graça”.
Retorno da cobrança
Na terça agora, a Câmara aprovou o projeto de lei do vereador Gil Magno que retoma a cobrança de sacolas plásticas nos mercados de Petrópolis, revogando a lei anterior, de Gilda Beatriz. De acordo com o PL, os estabelecimentos terão que se adaptar até o dia 1º de maio. Hingo Hammes tem 15 dias para decidir se sanciona ou veta o projeto. A maioria dos consumidores se manifesta nas redes sociais contrário à cobrança, porque acredita que é um custo a mais para o cliente.
Para refletir
Como não existe almoço grátis, a gente deixa uma provocação: tem certeza que hoje as sacolas distribuídas “de graça” pelos mercados não tem seus valores embutidos nos produtos?
Os apelidos
Gil Magno está sendo tratado carinhosamente nas redes sociais com essa proposta de lei. “Vereador sacolinha” e “boca de sacola” são os apelidos mais fofinhos. O resto é ladeira abaixo.
Já era assim
Ué? Essa não entendi. As UPAs do Centro e Cascatinha recebem recursos de três fontes: Governo do Estado (R$ 400 mil), Governo Federal (R$500 mil) e Prefeitura (R$ 150 mil). Cada uma, tem uma despesa de pouco mais de R$ 1 milhão/mês. Os repasses nestes valores são feitos desde 2015. Assim, não há o que se comemorar pelo fato de o Estado estar repassando R$ 400 mil. Já era dessa forma. Se não estava sendo feito, aí é outra história. A UPA de Itaipava, que difere do modelo das demais e não era incluída nesta tripartite de financiadores, é que recebe menos do Estado, cerca de R$ 140 mil. Mas, também não pode ser considerada uma novidade porque recebe desde a inauguração, em 2020.
Ainda é pouco
A Prefeitura está licitando, via registro de preços, R$ 3,4 milhões para a compra de 12 mil cestas básicas para famílias em situação vulnerabilidade social atendidas pela Secretaria de Assistência Social. Parece muito, mas não é, não. Em números do Governo Federal em dezembro, temos 28.823 famílias em situação de pobreza, com renda per capita de até R$ 218 mensais.
Tarde de Prêmios da APPO
A Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos promove dia 23, às 14h30, no Clube Bingen, a ‘Tarde de Prêmios’. A meta é arrecadar fundos para manter os serviços de apoio a pacientes com câncer em Petrópolis. A APPO oferece hospedagem, alimentação, cestas básicas e transporte gratuito a pacientes em tratamento oncológico. As cartelas para o sorteio serão vendidas no local.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 274 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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