• Faróis divinos

  • 10/06/2016 11:53

    O mundo caminha sem parar, os embates, os tumultos, os abusos não se detêm. Tudo como se fosse um só redemoinho a nos assaltar e nos consumir. Mas como ou por onde nos poderemos salvar? Será que ainda existem saídas para tamanhas ofertas de discórdias, de lamentações, de angústias, de ambições?

    Sim, basta que queiramos encontrá-las. As saídas, as resoluções, os faróis a nos iluminarem a vida são muitos e estão à nossa disposição.

    Somos verdadeiros cegos em terra desconhecida, embora tenhamos olhos para ver e sentidos para perceber, mas estamos alheios aos chamados mais claros, estamos tão envolvidos por tantas necessidades, que preferimos esquecer os faróis mais iluminados e nos determos nas parcas luzes, simplesmente, porque à luz dos grandes faróis, das grandes tochas, ficaríamos mais visíveis, mais expostos, mais prementes em resoluções, sendo obrigados a determinar nossas saídas.

    Os roteiros de vida, às vezes, são tomados de acordo com as necessidades básicas ou as preferidas, embora saibamos, intuitivamente, que estamos dirigindo-nos para saídas ou para errados caminhos.

    O mais fácil é o mais procurado, por ser fácil de nos conduzirmos, pois nós mesmos não pretendemos exigir demais de nosso físico, intelecto ou percepções.

    Tudo que buscamos deveria primar pela grandeza em sentimentos, pela maior elucidação a nossas almas, mas, para a maioria, a alma está e é no momento o suave jugo de suas realidades e não interessa a ninguém aprofundar-se em si mesmo, pois talvez o encontro dos dois “eus”, não agrade. Esta é a perspectiva do ser humano, esta é a visão atual e crítica: a vida deve ser vivida como se apresenta, pois a eles isto é o bastante e essencial. Nada mais lhe solicitará tanto do que as suas urgências materialistas e suas objetivações atuais. Difícil encontrar criaturas que se solicitem cada vez mais, que queiram clarear sua voz interior e trazê-la em frequências mais elaboradas e amenas.

    Entender isto e torná-lo aceitável às criaturas não é missão fácil; podemos prever, a cada momento de elucidação, uma dispersão maior, uma negativa a penetrarem em estudos mais profundos, pois a responsabilidade as alcançará e exigirá muito mais do que o já exigido em sua vida atual.

    Por isso, o afastamento do homem, em detrimento de esclarecimentos, de oportunidades, de obsequiamentos maiores.

    Por onde for, por onde andar, precisará estar consciente de que, se muito lhe for ofertado, muito lhe será cobrado. Participe, então, das profundas manifestações de fé e amor, penetrando em seu íntimo e distorcendo-se, para que valores maiores sobressaiam e as tendências negativas sejam abafadas.

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