A Comdep divulgou, nesta semana, os contratos emergenciais firmados para coleta de lixo e o transbordo dos resíduos. A companhia vai continuar com o aluguel de caminhões e equipamentos com a AMI3 pelos próximos seis meses. O valor mensal se mantém em cerca de R$ 2,8 milhões, o mesmo fechado pela gestão anterior em agosto do ano passado.
Segundo a Prefeitura, o contrato emergencial foi fechado devido à gravidade da situação quando a atual gestão assumiu a cidade, com o acúmulo de resíduos e risco iminente de problemas de saúde pública e danos ambientais. Na quarta-feira (22), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) iria analisar a licitação que colocaria fim nos emergenciais, mas os processos foram retirados de pauta.
Já o contrato do transbordo terá duração de um ano, com valor mensal estimado em R$ 200 mil. Neste caso, não é possível uma comparação com os contratos anteriores, uma vez que estes tinham objetivos diferentes. O acordo atual foi fechado com a PDCA, empresa que é proprietária do espaço.
O retorno do transbordo foi uma das medidas anunciadas pelo governo municipal para acelerar a retirada do acúmulo de lixo das ruas, após uma imensa crise no final do ano. Sem o equipamento, cada caminhão de lixo se direcionava até o aterro sanitário de Três Rios. Agora, estes vão até o KM 78 da BR-040, na altura do Duarte da Silveira, e despejam os resíduos para uma carreta levar para a destinação final. Cada carreta suporta, em média, uma carga de três caminhões.
Na Câmara Municipal, os vereadores também acompanham as movimentações em resposta à crise do lixo. Marquinhos Almeida (PP), vice-presidente da Casa Legislativa, apontou as ações emergenciais para reduzir o acúmulo dos resíduos em diversas áreas da cidade. Também apontou que espera que as questões apontadas pelo TCE sejam resolvidas.
“Por enquanto, entendo que deve ser mantido o empenho da Prefeitura e da Comdep na limpeza urbana da cidade, notadamente porque estamos em período de chuvas e as ruas do município necessitam de permanecerem livres do acúmulo de lixo, para que o mesmo não seja levado para o leito dos nossos rios”, informou.
A vereadora Júlia Casamasso (PSOL) também considera que houve um avanço no recolhimento.
“Nos primeiros dias do ano, ainda recebemos algumas denúncias, principalmente de bairros menos centrais, onde o serviço demora mais para chegar. Porém, é notável que houve um avanço no recolhimento e na diminuição do acúmulo de lixo. Isso só comprova que a situação poderia ter sido regularizada anteriormente, se não fosse o descaso que enfrentamos nos últimos meses do ano passado”, disse a vereadora.
Apesar disso, ela critica a terceirização do serviço e sugere que o município assuma integralmente a gestão dos resíduos. “A municipalização não é apenas uma solução prática; é um caminho para garantir eficiência, transparência e sustentabilidade na gestão de um serviço essencial”, afirmou.
Os parlamentares também pretendem continuar fiscalizando o trabalho e apontando quais pontos podem ser melhorados.
“Como representante municipal eleito pelo povo, minha função é de fiscalização dos serviços realizados e, se necessário, exigir do Executivo Municipal que rapidamente tome as providências adequadas, tudo em prol da população petropolitana. De todo modo, é valer-se da parceria e bom entendimento que sempre permeia a relação entre o legislativo e executivo municipais”, disse Marquinhos.
Além da reabertura do transbordo, a Prefeitura também informou que fez um replanejamento operacional. Em paralelo, o governo municipal disse que está sendo realizada uma busca nos dados apontados pelo Tribunal de Contas para que a licitação seja realizada dentro de todos os parâmetros apontados e com total transparência.
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