Seleção para atender 7 mil alunos, valor de R$ 29 milhões, é adiada

Lembra que a gente falou aqui que em dezembro a gestão Bomtempo abriu chamamento público para selecionar escolas privadas, incluindo filantrópicas, comunitárias e confessionais, para  atender 6.950 alunos da rede municipal? Pois bem, o chamamento só terminaria no dia 10 de janeiro, já na nova gestão. Eis que a Secretaria de Educação mandou suspender o processo para ver melhor como seriam aplicados os R$ 29.355.960,00 que serão pagos às instituições para atender 4.280 alunos da Educação Infantil, 1.170 do Ensino Fundamental I e 1.500 do Ensino Fundamental II.

Ué?

Na ocasião, a gente passou os olhos no documento e chamou a atenção de que estava sendo usado como referência o calendário escolar de 2024 ao invés do deste ano. Também trazia desatualizações mencionando datas de 2023, parecendo assim um copie e cole.

Transparência

Seria difícil mesmo uma outra solução do que um contrato emergencial para sanar a crise sanitária provocada pelo governo passado com a má gestão do lixo e o acúmulo de sujeira em toda a cidade. A prefeitura fez um emergencial com a AMI3 para dar continuidade ao trabalho porque o contrato atual terminou dia 11. Mas, poderia ter sido clara e informar período e valor e colocar no Portal da Transparência.

Gestão é a resposta

E também não podemos deixar de fazer a seguinte observação: se a empresa é a mesma, no caso a AMI3, porque a coleta agora funciona e não estava funcionando desde novembro? Gestão. Porque como a empresa poderia operar sem estar com pagamentos em dia e como seria eficiente a operação se cada um dos caminhões compactadores depois de cheios iam todos, um a um, para Três Rios descarregar no aterro já que o único transbordo da cidade, particular, estava fechado porque não havia acordo com a prefeitura?

Contagem

Petrópolis está há 1 ano e 245 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

O que mudou?

A 6ª Conferência Municipal do Meio Ambiente ocorre neste sábado, na Casa dos Conselhos, no meio de duas datas emblemáticas. A primeira, 11 de janeiro, esquecida por todos já, e que marca a tragédia do Vale do Cuiabá. A segunda, 15 de fevereiro, quando se completa três anos das chuvas de 2022. Isso lembrando os mais recentes. E a conferência vai tratar de “Mitigação, Adaptação e Preparação para Desastres, Transformação Ecológica, Justiça Climática e Governança e Educação Ambiental”. E aí perguntamos, considerando apenas dois itens de preparação para desastres e ocupação nas encostas, no que evoluímos desde 2011?

Liderança

Petrópolis lidera o ranking do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) como a cidade com mais deslizamentos e inundações em 2024, registrando 44 ocorrências. No Brasil, foram registrados mais de 1.600 incidentes desse tipo, com quatro das dez cidades mais afetadas situadas no Estado. As cidades com maior número de registros após Petrópolis foram Teresópolis (24), Rio de Janeiro (17) e Nova Friburgo (16).

Contrastes

Falando em encostas, além da ocupação desordenada da população carente que não tem para onde ir, existe ainda a ocupação endinheirada, essa na formação de condomínios de luxo, principalmente. Um Partisans observa a quantidade de elevações em Itaipava, por exemplo, carequinhas já com a preparação de terrenos.

Pedágio beeeem mais alto

E a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro se manifestou, ao lado de outros segmentos econômicos, sobre a preocupação do edital de licitação da BR-040 para escolha de uma nova concessionária, fazer com que o pedágio suba quase 40% e bata na casa dos R$ 20. Queridos, temos, neste caso péssimas notícias: quem entende do riscado e está dentro do processo, diz que não fica menor do que R$ 25.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br