Festas de final de ano colocam mais 2 mil toneladas de lixo nas ruas
A crise sanitária que a prefeitura nos meteu com a falta de coleta de lixo de forma adequada gerou uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público para obrigar a municipalidade a colocar em ordem o recolhimento em dois dias. A Justiça entendeu que será razoável em quatro dias de prazo, decisão que você confere aqui nas páginas de Cidade da Tribuna. E é mais do que urgente a regularização da coleta. Considerando 20 dias até o final do ano e a produção de 35% a mais de lixo nesta época, ao invés de seis mil toneladas sendo jogadas fora no período, serão oito mil toneladas.
Responsabilidades
A ação está sendo proposta pelo MP depois de a prefeitura não ter conseguido resolver a crise em 10 dias, como havia prometido. Uma nova reunião está marcada com o MP na segunda-feira, com a expectativa de que algo tenha mudado até lá. E não é só isso. Resolvendo ou não a coleta, os responsáveis podem responder por improbidade administrativa e crime ambiental.
Situação dramática
A crise do lixo segue com contornos dramáticos. O próprio presidente da Comdep, Anderson Fragoso, não sabe nem o déficit mensal da empresa. Ele disse isso em audiência na Câmara dos Vereadores. Tá certo que assumiu o cargo em julho apenas, mas antes dele a presidência foi ocupada por Érica Lélis, que ficou apenas quatro meses à frente da companhia. Essa rotatividade influencia na condução da companhia, ainda que tudo passe pelo Gabinete do Prefeito.
Auditoria na próxima gestão
Diante dos quadros periclitantes na gestão municipal, incluindo aí Sehac, Comdep e CPTrans, uma auditoria externa é o mínimo que se espera do novo governo. Hingo Hammes prometeu abrir a caixa preta da prefeitura, mas é muito recomendado que o faça com um levantamento independente.
Atrapalhando até o trânsito
Além de caso de saúde pública, a gestão incorreta da coleta de lixo afeta até mesmo o trânsito. Em ruas no Vale do Carangola, em mão dupla, motoristas fazem sistema de siga e pare porque não dá para trafegar dois carros ao mesmo tempo, já que a montanha de lixo invadiu a via.
GE Celma está pagando o pato
Impressionante que a GE Celma, a maior empresa da cidade em número de funcionários e arrecadação, esteja pagando o pato de tudo na gestão Bomtempo. Segundo a prefeitura, em audiência com os vereadores, a crise do lixo também está na conta do rolo que eles arrumaram com o ICMS da empresa.
Sem quórum
A reunião de dezembro do Conselho Municipal de Trânsito, na segunda à noite, não deliberou nada. Não teve quórum. E olha que estamos vivendo momentos tensos, com empresas atrasando salários e rodoviários ameaçando paralisação. Pior é que tem vereador caindo na cantilena das empresas, que reclamam que gastaram muito renovando a frota e que, sem reajuste de tarifa, não têm como se manter. Só se elas receberam uma promessa de aumento após as eleições e acreditaram…
Contagem I
Petrópolis está há 1 ano e 211 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Contagem II
Faltam 21 dias para Petrópolis virar a página.
Ué? Mas não era amigos?
E ontem teve bate-boca triplo entre os direitistas Marcelo Lessa, Octávio Sampaio e Blog. Os elogios mais leves foram “cara de pau”, “frouxo”, “sonso” e “nervosinha”. Para ser mais específico, Lessa e Blog, não eleitos, detonaram Sampaio. Resquícios da campanha eleitoral, assuntos que foram mal resolvidos naquele período. Depois dizem que a esquerda é que é desunida.
Fica!
Na boa? A gente não sabe como vai sobreviver na próxima legislatura sem o Lessa.
E 27 cidades fluminenses vão dividir uma bolada de quase R$ 4 bilhões, última parcela da outorga pelo leilão da Cedae, uma média de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões para cada. Podia ser uma grana para salvar Petrópolis, né? Podia, mas nossa cidade não entrou na repartição dos recursos da privatização da Cedae porque já havia concedido o serviço de água e esgoto a outra empresa, a Águas do Imperador.
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