Três anos após a tragédia das chuvas, nenhuma casa construída

Dia 15 de fevereiro completa três anos da maior tragédia climática da cidade. Foram 242 pessoas que perderam suas vidas e centenas de casas atingidas ou interditadas por causa do risco. E quanto foi a produção habitacional para acolher os desabrigados dessas chuvas, das chuvas anteriores e ainda retirar parte das 70.070 pessoas que vivem em área de risco? Total de 0 casas.

394 casas anunciadas

No dia 2 de fevereiro deste ano, o governo estadual anunciou que abriu chamamento público para construir 224 unidades habitacionais (140 na Mosela e 84 em Benfica). Logo em seguida, no dia 14 daquele mês, a prefeitura anunciou que assinou a autorização para o chamamento público para contratar uma empresa que iria construir 170 unidades habitacionais na Estrada da Saudade. Do total de 394 unidades habitacionais prometidas, nenhuma foi entregue. Tanto o Estado quanto a prefeitura nunca mais falaram no assunto. Quem sabe agora perto do Natal? Não vai dar tempo de construir, mas pelo menos colocar uma pedra fundamental…

Depois de 15 anos

Para não dizer que não teve nada, a prefeitura entregou, em fevereiro deste ano, 24 apartamentos lá no condomínio da Posse. O conjunto iniciou obras em 2011, com metade da responsabilidade do Governo do Estado e metade da prefeitura. Isso mesmo, você leu certo: 2011. Portanto, atravessando os governos de Paulo Mustrangi, Bomtempo, Bernardo Rossi e o ano interino de Hingo Hammes. Dos 144 apartamentos, esses 24 estavam por finalizar, o que foi feito por Bomtempo, depois de 15 anos de espera, porque as casas eram destinadas às famílias que perderam seus imóveis em 2008.

Agora, vai!

Eis que na sexta-feira, na abertura do Natal Imperial, as chaves da cidade foram entregues a Papai Noel.

Cadê os agentes?

Falando em Natal, a prefeitura não oferece infraestrutura nem nas festas que organiza. Domingo, às 17h30, o Palácio de Cristal estava lotado, trânsito engarrafado no entorno e nenhum agente de trânsito. O trecho da Padre Siqueira com a esquina da 13 de Maio estava cheio de carros estacionados em vagas proibidas. Às 20h, havia engarrafamento na Praça da Liberdade e na Barão do Rio Branco, em direção ao Centro, tudo parado. Em nenhum momento foi avistado um agente de trânsito.

Pajelança

E teve aquela reunião de final de ano da direita do Estado com a presença de Bolsonaro, na Fazenda Santa Edwiges, em São Gonçalo. Para os secretários de Estado, a presença foi obrigatória no evento organizado pelo chefe, Cláudio Castro. Oficialmente, era para confraternizar, mas teve ares eleitorais com discurso de Flávio Bolsonaro, que pode ser candidato à Presidência. E teve político tentando não aparecer nas fotos e vídeos. Não deu certo, e as imagens pipocaram nas redes sociais na sexta à noite.

Contagem I

Petrópolis está há 1 ano e 203 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Contagem II

Faltam 29 dias para Petrópolis virar a página.

Isso é que é raspar o tacho.

E como a prefeitura está resolvendo o problema do lixo? Tirando das ruas principais dos bairros e deixando acumular nas mais afastadas. O que os olhos não veem…

Contrastes

O Teatro Imperial completou um ano de reabertura após reforma com números fabulosos: mais de 40 mil espectadores em 101 sessões de 76 atrações diferentes, entre peças, musicais e concertos. Enquanto isso, o Theatro Dom Pedro segue fechado desde 2019, em uma obra interminável.

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