• Haddad: alinhamento dos líderes Lira e Pacheco com a Presidência não podia ser melhor

  • 29/nov 13:58
    Por Gabriela Jucá, Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna / Estadão

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 29, que o relacionamento dele com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é “claro”, mas tem que ser leal a ele. “Às vezes temos que convencer o presidente Lula do que dá e o que não dá para fazer”, frisou. Haddad também pontuou as manifestações mais cedo do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre a política fiscal. “Alinhamento dos líderes com a presidência não podia ser melhor”, destacou.

    Ele ressaltou que, se houver alguma surpresa no Congresso, será positiva. “Ninguém está pedindo para destruir arcabouço, o pedido é para reforçar”, afirmou. Haddad disse também que “ninguém aqui está pregando fantasias”, e que a ala econômica não age com soberba, mas, sim, com humildade. “Se preciso, revisaremos rota”, disse. “Não mudo nada do que falei há dois anos; o crédito cresce a 10%, a receita também, e não aumentei impostos”, salientou.

    O ministro também falou da relação da Fazenda com o Banco Central ao reafirmar que trabalhou com o atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e deve seguir colaborando com o diretor de Política Monetária e presidente do BC no ano que vem, Gabriel Galípolo.

    Os dados referentes às contas públicas, frisou, serão encaminhados ao presidente do BC.

    Haddad alertou ainda que o quadro externo é mais desafiador, uma vez que o comportamento do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não veio como o esperado. “Precisamos ver qual será o orçamento do Fed”, atentou o ministro, que também pontuou o cenário mais desafiador no âmbito interno.

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