• Dirigente do Fed defende abordagem ‘cautelosa’ para juros e alerta contra cortes apressados

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  • 13/nov 13:09
    Por André Marinho / Estadão

    A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Dallas, Lorie Logan, defendeu uma abordagem “cautelosa” na definição dos próximos passos da política monetária, diante do risco de que cortes de juros apressados revertam os progressos no combate à inflação nos Estados Unidos.

    Em discurso durante evento de energia, a dirigente alertou que, se a taxa básica cair demais, para além do nível neutro, as pressões inflacionárias podem voltar a acelerar e forçar o Fed a mudar de direção.

    De qualquer forma, Logan acredita que provavelmente serão necessárias mais reduções de juros para concluir o processo atual.

    “Mas é difícil ter certeza de quantos cortes serão necessários e quando eles precisarão acontecer”, explicou ela, que não vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

    Emprego

    A presidente do Federal Reserve de Dallas alertou ainda para o risco de que o aperto excessivo das condições financeiras deflagre uma rápida deterioração do mercado de trabalho norte-americano.

    Ela lembrou que os juros dos Treasuries subiram desde o primeiro corte de juros do Fed, em setembro. Para ela, parte do movimento reflete expectativas por uma taxa básica mais alta, mas o avanço do prêmio de risco é o maior responsável pela escalada.

    A dirigente acrescentou que o cenário pode desacelerar a economia em um ritmo mais forte que o esperado. “Se os prêmios de prazo continuarem a aumentar, o FOMC poderá precisa de uma política menos restritiva, mantendo-se todo o resto constante, para atingir os seus objetivos”, ressalta.

    Logan destacou ainda que o mercado de trabalho está esfriando gradualmente, mas sem enfraquecer materialmente. No entendimento dela, a economia americana permanece resiliente. “Uma demanda inesperadamente forte ou choques negativos na oferta poderão manter a inflação acima do objetivo de 2% do FOMC”, advertiu.

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