• Supercomputador Santos Dumont terá capacidade aumentada ainda neste ano

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  • Com a expansão, o Santos Dumont deve retornar ao ranking Top 500 de supercomputadores mais potentes do mundo

    09/nov 11:43
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis | Foto: Reprodução

    O supercomputador Santos Dumont, instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) em Petrópolis (RJ) desde 2015, passará por um processo de atualização ainda em 2024. A modernização é fruto de uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Petrobras, com equipamentos desenvolvidos pela empresa Eviden, do Grupo Atos, especializados em computação avançada. Os novos componentes, pesando mais de 20 toneladas, devem chegar ao Brasil em 11 de novembro e serão transportados ao LNCC com previsão de chegada em 13 de novembro.

    O supercomputador já havia passado por uma expansão em 2019, iniciativa apoiada pelo consórcio de Libra e liderada pela Petrobras. Essa atualização permitiu à comunidade científica brasileira realizar simulações e análises de dados em escala maior e com mais velocidade. Agora, com a nova expansão, o Santos Dumont deve aumentar ainda mais sua capacidade, facilitando o avanço de projetos científicos de grande porte e permitindo que os pesquisadores concluam suas análises de forma mais rápida. Esse desenvolvimento é parte do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que visa aprimorar a infraestrutura tecnológica no país.

    Os supercomputadores, como o Santos Dumont, se destacam por sua capacidade de realizar operações matemáticas em petascala, ou seja, conseguem processar pelo menos 10 elevado a 15 operações de ponto flutuante por segundo, o que os torna ferramentas essenciais para projetos científicos que demandam cálculos complexos e processamento de grandes volumes de dados.

    Essa infraestrutura é utilizada em áreas como saúde, energias renováveis e aviação. Em pesquisas de vacinas, por exemplo, o supercomputador permite simulações pré-clínicas, substituindo parte dos testes em animais e acelerando o desenvolvimento de imunizantes.

    Antes da instalação do Santos Dumont, muitos cientistas brasileiros dependiam de supercomputadores no exterior, o que aumentava o custo e o tempo de realização das pesquisas. Atualmente, pesquisadores brasileiros podem submeter projetos ao LNCC para obter acesso ao supercomputador, desde que comprovem a necessidade de uso de sua capacidade.

    Com a expansão, o Santos Dumont deve retornar ao ranking Top 500 de supercomputadores mais potentes do mundo e consolidar-se como o mais rápido da América Latina voltado exclusivamente para a pesquisa científica. Além disso, a atualização trará três benefícios principais: aumento da capacidade para atender a um número maior de projetos, possibilidade de realizar simulações mais complexas e acelerar o retorno dos resultados de análises e simulações em andamento.

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