• Ferrovia em MT vai chegar até Lucas do Rio Verde, diz CEO da Rumo

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  • 04/nov 13:01
    Por Gabriel Azevedo / Estadão

    A Rumo vai manter o ritmo de investimentos no setor ferroviário após aplicar R$ 30 bilhões em infraestrutura desde 2015. O CEO da empresa, Pedro Palma, afirmou nesta segunda-feira, 4, durante o AgroForum do BTG Pactual, que a continuidade dos aportes dependerá da expansão da produção agrícola e das condições econômicas do País.

    Em destaque, Palma citou a construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso, que terá 700 quilômetros de extensão até Lucas do Rio Verde, importante polo de grãos no Estado. A Ferrovia vai passar por 16 municípios, entre Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, com um ramal para Cuiabá. Tudo interligado ao Porto de Santos.

    A primeira fase do projeto, com 160 quilômetros, deve começar a operar em 2026, atendendo as cidades de Primavera do Leste, Tomaquino e Campo Verde.

    A obra, que envolve 4.500 trabalhadores, faz parte dos planos da Rumo de aumentar o escoamento ferroviário de produtos agrícolas da região. Segundo Palma, a ferrovia é uma das apostas da companhia para aliviar o transporte rodoviário, que ainda concentra a maior parte da logística de grãos.

    Nos últimos dez anos, a Rumo dobrou sua capacidade de transporte em Mato Grosso, passando de 12 milhões para 25 milhões de toneladas anuais sem expansão da malha existente, apenas com recuperação e modernização de ativos.

    A empresa também projeta reforçar a logística de exportação no Porto de Santos (SP). Em parceria com a americana CHS, a Rumo está ampliando sua capacidade portuária para atender ao crescimento das exportações de grãos e evitar gargalos futuros. “Temos de garantir que Santos tenha a estrutura necessária para o fluxo de produção do agronegócio,” afirmou Palma.

    Outro ponto mencionado pelo CEO foi a operação da Malha Central, trecho da Ferrovia Norte-Sul que liga Palmas (TO) a Estrela do Oeste (SP). O corredor ferroviário movimenta atualmente entre 7 e 8 milhões de toneladas por ano, conectando a produção de Tocantins, Goiás e Triângulo Mineiro ao Porto de Santos.

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