• Pilotos pedem que MotoGP tire a etapa final da temporada de Valência, atingida por enchentes

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  • 31/out 19:15
    Por Estadão

    Pilotos da MotoGP afirmaram nesta quinta-feira que seria antiético disputar a etapa final da temporada em Valência, que foi castigada por enchentes recentes. A prova está marcada para o dia 17 de novembro.

    Para hexacampeão Marc Márquez, os recursos deveriam ser destinados às vítimas em vez de serem gastos em reparos para o evento. Pelo menos 140 pessoas morreram nas enchentes. “Eticamente falando, acho que a corrida não deve ser realizada”, disse Márquez. “Os organizadores têm que se reunir e decidir. Eu já teria decidido.”

    “Teria que haver outra corrida para fechar o campeonato, em outro lugar. A única ideia que faria sentido seria se todos os lucros fossem para as famílias afetadas”, afirmou Márquez. “Como espanhol, é muito difícil ver essas imagens. A área ao redor do circuito foi muito danificada, mas não faz sentido gastar dinheiro para recuperar isso. Os recursos devem ser usados para ajudar as pessoas.”

    As inundações afetaram o circuito Ricardo Tormo, que abriga a Etapa de Valência. A organização da MotoGP divulgou que o circuito estava em boas condições, acrescentando que o objetivo é realizar a corrida na data programada.

    A corrida provavelmente decidirá o resultado do campeonato, com a disputa entre o espanhol Jorge Martín e o italiano Francesco Bagnaia, atual bicampeão da categoria. Martín vai para a penúltima corrida da temporada, neste domingo, na Malásia, com 453 pontos, enquanto Bagnaia tem 436.

    Martín pediu uma decisão o mais rápido possível. “Valência será difícil. Mesmo que a pista esteja resolvida e tudo esteja bem, é uma situação difícil em termos de respeito às pessoas. A melhor opção seria correr em outro lugar.”

    Bagnaia também disse que Valência não é uma boa opção. “Correr lá é como uma festa É um momento para aproveitar”, disse ele. “Sabendo da situação agora, isso não é correto. Sempre fomos respeitosos com o que está acontecendo ao redor do mundo. Eu prefiro não correr lá.”

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