Motta: Se não puder concluir tramitação da anistia antes do recesso, fica para a próxima gestão
Candidato do Republicanos para a presidência da Câmara, o deputado federal Hugo Motta (PB) disse que pode ficar para a sua gestão a tramitação do projeto que concede anistia aos condenados por envolvimento com os ataques de 8 de janeiro de 2023 aos Três Poderes, em Brasília. As declarações ocorreram nesta terça-feira, 29, após uma reunião da bancada do PP na Câmara, que oficializou apoio a Motta.
“A Casa tem o seu funcionamento regimental. Esse é um tema que começará a ser tratado este ano”, declarou. E acrescentou: “Se possível a sua conclusão da discussão e votação, tramitará antes do recesso. Caso isso não seja possível, ficará para a próxima gestão”.
O líder do PP, Dr. Luizinho (RJ), disse que a sua bancada decidiu apoiar Motta de forma unânime. O deputado afirmou ainda que os membros do partido têm “certeza absoluta de que Hugo vai ser um grande presidente da Casa”.
Após o anúncio do PP, Motta agradeceu a legenda pelo apoio. A bancada do PP tem 50 deputados. “É uma bancada que tem não só um valor numérico, porque é uma das maiores da Casa, mas tem um valor qualitativo ainda maior, porque tem um dos melhores quadros da Câmara dos Deputados”, disse, ao lado de Dr. Luizinho.
Motta completou: “Renovamos o compromisso de estarmos juntos, trabalhando pelo fortalecimento da Câmara dos Deputados. Pelo fortalecimento e o protagonismo que essa Casa tem que ter para a busca das soluções para os graves problemas que a população brasileira tem”.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o partido Republicanos oficializaram a candidatura de Motta à presidência da Câmara. Além dele, concorrem pelo cargo os líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e do PSD, Antonio Brito (BA).
A anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos é uma bandeira do PL, sobretudo dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. A questão está no centro das negociações para as eleições na Câmara. Mais cedo, Motta disse que aquelas manifestações não podem se repetir, mas apontou “injustiças” nas condenações dos envolvidos.