• Arrecadação soma R$ 203,169 bi e tem melhor resultado em termos reais para setembro da série

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  • 22/out 10:51
    Por Fernanda Trisotto / Estadão

    A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 203,169 bilhões em setembro de 2024, uma alta real (descontada a inflação) de 11,61% na comparação com o resultado de setembro de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 174,316 bilhões, a preços correntes.

    Em relação a agosto, quando o montante foi de R$ 201,6 bilhões, a arrecadação subiu 0,33%, em termos reais. De acordo com a Receita, o resultado de setembro de 2024, em termos reais, é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1995.

    O resultado das receitas veio acima da mediana das estimativas das instituições do mercado financeiro ouvidas pelo Projeções Broadcast, que apontava arrecadação de R$ 201,50 bilhões em setembro. O intervalo das estimativas ia de R$ 194,72 bilhões a R$ 217,00 bilhões.

    O Fisco destacou que o resultado de setembro refletiu a melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins sobre combustíveis, a tributação dos fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior, reflexo da lei aprovada em 2023.

    Também pesaram para o resultado o desempenho dos tributos do comércio exterior, por causa do aumento de volume de importações, alíquotas médias e do avanço da taxa de câmbio. O crescimento da contribuição previdenciária reflete o comportamento da massa salarial e do recolhimento, em setembro, dos valores diferidos de junho de 2024, umas das medidas de apoio para enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul.

    Nos nove meses de 2024, a arrecadação federal somou R$ 1,934 trilhão. Segundo a Receita, este também é o melhor resultado para o período na série histórica, iniciada em 1995. O montante representa um aumento real de 9,68% na comparação com os nove primeiros meses de 2023, quando a arrecadação somou R$ 1,692 trilhão.

    Em relação ao acumulado do ano, a Receita destacou o crescimento da arrecadação do IRRF, em razão das alterações na tributação dos fundos, a melhora do PIS/Cofins pela retomada da tributação dos combustíveis e o desempenho do Imposto de Importação e IPI vinculado à importação, pelo aumento das alíquotas médias.

    O Fisco ainda citou o recolhimento de cerca de R$ 7,4 bilhões a título de atualização de bens e direitos no exterior.

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