• Putin diz que integração da Rússia com a China é fator-chave para estabilidade global

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  • 18/out 13:45
    Por Patricia Lara / Estadão

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse, nesta sexta-feira, 18, que as ligações em termos de volume entre o governo russo e a China estão crescendo rapidamente. E, segundo o presidente russo, a integração da Rússia com a China é um dos fatores-chave para a estratégia de estabilidade global.

    Em relação ao Brics, Putin disse que o bloco gerará a maior parte do crescimento econômico global nos próximos anos graças ao seu tamanho e crescimento relativamente rápido em comparação com o das nações ocidentais desenvolvidas.

    “Os países que formam o Brics respondem por 45% da população e por 33% da área territorial do planeta, enquanto a economia conjunta do bloco superou a do G7”, afirmou Putin em entrevista a um grupo de jornalistas.

    O que difere o Brics é que o bloco foi criado para não se opor a ninguém, afirmou. “O Brics não é um bloco de oposição ao Ocidente. É um bloco de não Ocidente com países que compartilham valores”, disse ele.

    O presidente russo será o anfitrião de uma cúpula do Brics na cidade de Kazan, de 22 a 24 de outubro.

    Oriente Médio

    Em relação ao conflito do Oriente Médio, Putin disse que, “dificilmente, teremos algo a somar”. “Temos que colocar em prática a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que prevê a construção de dois estados: o de Israel e o da Palestina. É a raiz de todos os problemas”, disse o presidente russo.”E tenho confiança de que esse tema merecerá nossa atenção durante o encontro do Brics”, acrescentou.

    Putin afirmou que inclusive convidou o presidente da Autoridade Palestina para participar dos eventos do bloco para ouvir a respectiva posição. Disse que é impossível resolver a questão do conflito no Oriente Médio com base apenas em questões econômicas dado que as disputas territoriais são históricas.

    Cúpula do G20

    Segundo a CNN, Putin, informou que não participará da cúpula do G20, em novembro, em razão do mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra na Ucrânia.

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