15/out 18:24
Nesta terça-feira (15), é comemorado em todo o país o Dia do Professor. A data recebeu o status de feriado escolar em 1963, através do Decreto Federal 52.682/63. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), atualmente o Brasil conta com 2.354.194 docentes na educação básica e 319.705 na educação superior.
A docente Ana Lúcia Rocha dos Santos é professora da Rede Municipal de Petrópolis há 24 anos e atua na Escola Municipal Paulo Freire, no Morin, e na Escola Municipalizada Hercilia Henriques Moret, em Corrêas, sendo além de professora, orientadora escolar, diretora adjunta e diretora geral.
“A sala de aula é desafiadora porque encontramos pessoas com histórias de vida, interesses e objetivos diferentes. Estamos ali para construir junto com eles um novo caminho, propiciando momentos de aprendizagem, discussão e formação”, disse a professora.
Lecionando desde os 18 anos de idade, a docente conta quais foram os desafios encontrados desde o início de sua trajetória profissional e a importância do professor para a formação da sociedade. “Acredito que o maior desafio seja mostrar a importância da educação na sociedade em que vivemos. Ser professor é formar cidadãos conscientes, que busquem sempre o melhor para si e para os outros”, contou Ana Lúcia.
De acordo com os dados do Censo Escolar da Educação Básica 2023, a maior parte dos docentes no país atuam no ensino fundamental (60,3%), em que se encontram 1.419.918 profissionais. Do total de professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental, 87,3% têm nível superior completo (85,8% em grau acadêmico de licenciatura e 1,5% de bacharelado) e 7,8% têm ensino médio normal/magistério.
“Ser professora é acreditar em cada aluno e aluna que passa por nós, acreditar que podemos fazer a diferença na vida deles”, finalizou Ana Lúcia.
Origem da data
A comemoração para o Dia dos Professores acontece em outros países do mundo, em diferentes datas, mas no Brasil sua origem está associada a 1827, quando em 15 de outubro daquele ano, o Imperador D. Pedro I baixou o decreto criando o ensino elementar no Brasil. Esse documento determinava que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”.
O decreto regulamentava ainda a descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os docentes deveriam ser contratados.