Open Finance no mercado de capitais terá dimensões diferentes, diz diretor da CVM
O diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Daniel Maeda afirmou nesta terça-feira, 15, que o regulador do mercado de capitais espera que a versão específica do Open Finance, o Open Capital Markets, deve ter escopo diverso da iniciativa tocada pelo Banco Central no universo bancário, mas com a mesma finalidade: ampliar a competição e o acesso ao mercado.
“Quando se faz esse paralelismo do Open Finance para o Open Capital Markets, no nosso mundo do mercado de capitais isso vai se materializar em dimensões um pouco diferentes, nem tudo vai ser manifesto da mesma forma”, afirmou ele durante o Uqbar Day, evento promovido de forma online nesta terça.
O diretor afirmou que o objetivo da CVM é tornar mais fácil o entendimento do mercado pelos investidores. Nos últimos anos, o número de investidores nos mercados brasileiros aumentou, mas ele acredita que ainda existe potencial para expansão.
“O primeiro passo mais importante de tudo é democratizar acesso, capilarizar o mercado de capitais”, afirmou ele. Esse trabalho inclui viabilizar a captação de recursos por empresas de menor porte, que em geral não têm o mesmo patamar de acesso aos investidores que as grandes companhias.
O chefe de departamento do Banco Central Mardilson Queiroz disse que mesmo ainda inconcluso, o Open Finance tem números de uso relevantes. “A rede tem mais de 2 bilhões de chamados de compartilhamento por semana”, afirmou ele.