• Networking: o elo que pode ajudar as pessoas a conseguir bons empregos

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  • 18/08/2019 08:20

    A especialista de conta Cristiane Rodrigues, de 45 anos, perdeu seu emprego após nove anos de dedicação integral a ele. A situação inesperada a deixou profundamente abalada, pois era dedicada e possuía bom currículo para executar a sua função. Abalada, teve dificuldades para se recolocar no mercado de trabalho e chegou a vender pães na escola do filho e alugou quarto em sua casa para sobreviver. A situação virou depois de participar de um evento de uma startup.

    Em julho passado, Cristiane aceitou participar de um evento da empresa de startup Eyesight, em Petrópolis, onde fez contatos em um encontro promovido através da plataforma digital Linkedin. Foi ali que começou a virada na sua vida pessoal e profissão. Ao ser apresentada a um executivo, conversou sobre sua situação no momento e conseguiu uma entrevista de emprego. O resultado não podia ser melhor: foi contratada.

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    Até conseguir seu objetivo, a ex-desempregada realizou um movimento que começa a crescer no Brasil ao qual se dá o nome de networking. Ao traduzir para o português, é a relação que se dá através do contato pessoal que começou no virtual. O encontro que mudou a vida da petropolitana vem se tornando comum, pois une as duas situações. “Eu coloquei um currículo no Linkedin e fazia muitos contatos, mas não conseguia os resultados desejados. Foi então que participei de um encontro da Eyesight, quando conheci seus gestores, fizemos amizades e eles me ajudaram e apresentaram pessoas com as quais consegui meu emprego”, explicou Cristiane.

    O networking é uma modalidade nova de aproximar as pessoas não apenas para quem está atrás de um emprego, como também fazer negócios, parcerias que se traduzem naquela que é chamada relação “ganha-ganha”. Essa modalidade é uma novidade na Cidade Imperial e vai além de uma simples troca de cartões. O aprofundamento da relação humana dá mais segurança a quem contrata, dando um novo sentido ao popularmente conhecido “QI” (quem indica), que ganhou contornos pejorativos porque, especialmente na política, é comum no Brasil contratar através da indicação de amigos.

    “Nesses encontros, os profissionais se conhecem. É uma relação que sai do virtual para o pessoal. Você, estando ao vivo e a cores para as pessoas, muda tudo. Até porque ninguém te indicará para um trabalho ou a alguém se não o conhecer. Quando se estabelece uma relação, tudo fica mais interessante. Os profissionais se conhecem e trocam ideias até conseguirem o que desejam”, disse o administrador Rodrigo Monteiro, administrador com especialização em gestão de pessoas, sócio na Eyesight e gerente de recursos humanos numa grande empresa de telecomunicações na cidade.

    A experiência própria de networking ajudou a impulsionar a startup de Monteiro. Em 2017, em um evento de aproximação de pessoas, conheceu seu sócio, Ramon Farias e ambos buscaram em situações comuns a criação de um negócio voltado para a educação, na área da gestão de pessoas e carreiras. Ramon, que é engenheiro e empresário, topou trabalhar com aquele que não é apenas um sócio, mas um amigo. Dentro de um contexto de sinergia, criaram a primeira reunião do Linkedin entre pessoas da América Latina.

    “A Eyesight tenta trazer uma nova forma de enxergar o mundo, uma escola que desenvolve competências através dos conceitos de gestão de pessoas e lean. Fazemos aulas do tipo “mão na mesa´ para desenvolver a prática. É claro que a teoria é fundamental, mas nada disso traz resultados se não desenvolvermos a forma de como essa relação pode se dar. Quando criamos esses encontros do Linkedin, são semelhantes aos que a plataforma já desenvolvia em alguns países da Europa e na África do Sul, aproximando gente que traz do virtual para o presencial esse novo conceito de networking”, comentou Monteiro.

    A startup de sucesso que trabalha com treinamentos e cursos de forma escolada, para gerar experiências novas para quem quer entrar ou já está no mercado de trabalho, aprofunda a relação da rede de pessoas. O networking, de acordo com Ramon Farias, tende a se transformar em uma modalidade que vai mudar a cara na busca por empregos. Para ele, Petrópolis tem um enorme capital intelectual que rende a condição de atrair empresas que buscam mentes preparadas para empregar pessoas. “A cidade tem crescido na área de negócios de está se firmando como um polo de tecnologia. A forma de trabalhar mudou e hoje a busca por essa conexão entre as pessoas repagina a procura por empregos e oportunidades no mercado de trabalho”, sentenciou Ramon. 

     

     

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