Depois da ressaca eleitoral, é sacudir a poeira para o segundo turno
Definido o segundo turno com Hingo Hammes e Yuri Moura polarizando entre direita e esquerda, como já era esperado de acordo com as pesquisas (as reais), agora é hora de agir rapidamente para o pleito. E lembrando que é uma “nova” eleição: zera tudo e começa de novo. O desafio é manter os votos que angariou no primeiro turno, conquistar os votos daqueles que escolheram outros candidatos que não foram vitoriosos e tentar tirar votos um do outro. Isso tudo em pouco mais de 20 dias.
Presidência da Câmara
Finalizada a eleição, pelo menos a escolha dos 15 vereadores, não pensem que o assunto voto está encerrado. Iniciaram-se as movimentações para outra eleição, e não é o segundo turno para prefeito: é a presidência da Câmara, tão concorrida quanto uma eleição majoritária. O novo presidente, anotem a aposta, será Fred Procópio. A não ser que Hammes seja eleito e Fred queira uma secretaria.
Ah, as amizades
Um dos pontos mais sensíveis agora é a escolha de apoios. Ê laiá… É um balaio de gatos. Isso porque tem o derrotado que quer dar o apoio a qualquer custo, em troca de umas secretarias, uns carguinhos e coisa e tal. E tem o candidato que foi para o segundo turno que acha melhor não ter certas presenças ao lado. Sem contar que quem bateu forte no primeiro turno no opositor, como vai ser amigo agora? É tipo o Ramon Mello com o seu “farinha do mesmo saco”, um clássico eternizado.
O choro é livre
Domingo e ontem ainda foi um “susto” para alguns candidatos, principalmente os que almejavam ser vereadores. Ficaram sabendo que não são o Roberto Carlos para ter um milhão de amigos, que a trairagem come solta, que tapa nas costas não significa voto e que rede social não ganha eleição.
Dudu
Vocês repararam que, a cada eleição, o vereador Dudu – reeleito agora com votos– aumenta sua votação?
Francamente
Era tradição, horas após o resultado de um pleito, sair a lista das “viúvas”, no caso, uma relação imensa de apoiadores, cargos em comissão, fãs e outros apetrechos que saem de cena com o prefeito que não é reeleito. Ainda não teve.
Dinheiro vivo
A Polícia Federal fez um balanço sobre dinheiro vivo apreendido nestas eleições: recorde de R$ 21 milhões. Supera 2022 (R$ 5 milhões) e 2020 (R$ 1 milhão). Na sexta, em Castanhal, no interior do Pará, três homens foram presos após sacarem R$ 4,98 milhões de um banco; o dinheiro seria utilizado para a compra de votos. No Rio, na Barra, R$ 1,8 milhão em espécie foram encontrados dentro de veículos estacionados em um centro empresarial, também para pagar votos.
Certeza e surpresa
Nas nossas vizinhas Areal e Três Rios, as urnas não confirmaram as duas “certezas” que existiam. Em Três Rios, o atual prefeito, Joa Barbaglio, concorreu sub judice e alcançou 28.632 votos, o que representa 60,99% dos válidos, contra os 14.687 (31,29% dos válidos) de Vinícius Farah. Já em Areal, Gutinho Bernardes foi reeleito com 80,76% dos votos válidos, nadando de braçada neste pleito.
Fatura no primeiro turno
Somente nós, Niterói e São João de Meriti vamos ter segundo turno. Outras oito cidades com mais de 200 mil habitantes no estado do Rio liquidaram a fatura no domingo: Magé reelegeu Renato Cozzolino com 88,74% (125.902 votos), Eduardo Paes garantiu a reeleição com 1.861.856 votos (60,47%) e, em Caxias, Netinho Reis venceu Zito com 54,08% dos votos (243.850 eleitores). Com folga, Dudu Reina venceu com 74,77% dos votos em Nova Iguaçu e Márcio Canella conquistou 62,88% dos eleitores (155.229 votos) em Belford Roxo. O prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, foi reeleito com 387.914 votos (84,49%) e, em Campos, Wladimir Garotinho foi reeleito com 69,11%, totalizando 192.232 votos. Em Volta Redonda, o prefeito Neto foi reeleito com 72,84% do eleitorado (109.688 votos) e vai para seu sexto mandato.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 148 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
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