• Confiança do consumidor paulista recua 4,7% em setembro ante agosto, diz ACSP

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  • 04/out 17:04
    Por Letícia Naome / Estadão

    O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP) recuou 4,7% em setembro em relação a agosto, atingindo 101 pontos. Na comparação com o mesmo período de 2023, a queda foi igualmente de 4,7%. Os dados são do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), elaborados pela PiniOn.

    A ACSP avalia que, apesar do indicador permanecer no campo otimista – acima dos 100 pontos – ainda não mostra uma “tendência clara”.

    Na análise por classes econômicas, houve queda generalizada da confiança do consumidor no Estado de São Paulo para as famílias, principalmente aquelas pertencentes aos estratos AB e C, conforme a entidade.

    O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, explica que a piora da percepção das famílias ocorreu tanto sobre a atual situação financeira, quanto nas expectativas futuras de emprego e renda.

    “A deterioração generalizada da confiança levou a uma diminuição na propensão a adquirir bens duráveis, como geladeiras e fogões, além de afetar o investimento no futuro”, observa o economista. “A proporção de entrevistados dispostos a comprar itens de maior valor, como carros e imóveis, também apresentou um recuo”, acrescenta.

    Cidade de São Paulo

    O Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) registrou queda de 6,3% em setembro em relação ao mês anterior e chegou a 89 pontos. Na comparação interanual, o recuo foi ainda maior: 14,4%. Com o resultado, o indicador permanece no campo pessimista, abaixo dos 100 pontos.

    Nos recortes socioeconômicos paulistanos, também foi registrada piora generalizada na confiança do consumidor entre as famílias, com maior força nas classes AB e C.

    De acordo com a ACSP, a explicação para o caso do ICCSP é semelhante ao indicador estadual: houve piora das percepções em relação à situação atual e às expectativas de renda e emprego. A maioria dos entrevistados manifestou menos interesse em adquirir itens de maior valor e bem duráveis, tal como menor propensão a investir, afirma a entidade.

    “De modo geral, as percepções sobre a situação financeira atual deterioraram-se, assim como as expectativas em relação à renda e ao emprego, cuja segurança também registrou uma diminuição em ambos os índices”, explica Gamboa.

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