• Petróleo fecha em alta pelo 4º dia seguido, mas desacelera após falas de Biden

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  • 04/out 16:13
    Por Thais Porsch* / Estadão

    Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta pelo quarto dia consecutivo nesta sexta-feira, 4, com fôlego mais contido, após saltarem mais de 5% na sessão anterior em meio a temores de que Israel ataque instalações petrolíferas iranianas. Pouco antes do fechamento deste texto, o presidente dos EUA, Joe Biden, desencorajou Israel a realizar o ataque, o que fez a commodity desacelerar o avanço antes do fechamento.

    O petróleo também foi impulsionado pelo relatório de empregos dos Estados Unidos, que surpreendeu com resultados acima do esperado e alimentou expectativas de uma economia robusta no país.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,90% (US$ 0,67), a US$ 74,38 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,55% (US$ 0,43), a US$ 78,05 o barril. Na semana, o WTI avançou 9,0%; e o Brent teve alta de 8,4%.

    “Israelenses ainda não decidiram o que vão fazer em termos de ataques contra o Irã, ainda está sob discussão”, disse Joe Biden em entrevista a jornalistas nesta sexta. “Sanções sobre petróleo iraniano estão sob discussão, mas não posso comentar sobre elas agora”, comentou o presidente dos EUA.

    Analistas do banco holandês ING disseram que os preços do petróleo podem subir se Israel tiver como alvo as estruturas energéticas do Irã, pois isso afetaria a capacidade do país de exportar petróleo bruto, provavelmente levando a uma perda de 1,7 milhão de barris por dia e empurrando os mercados globais de volta para um déficit até o próximo ano. Nas redes sociais, traders repercutem rumores de possível expansão das operações de Israel no sul do Líbano.

    Por outro lado, nesta semana as preocupações com ampliação da oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) permaneceram, depois que a reunião ministerial do cartel reforçou os planos de reduzir os cortes voluntários de produção a partir de dezembro.

    *Com informações da Dow Jones Newswires

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