• Uma relação delicada narrada com nuances em Até que a Música Pare

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  • 04/out 08:10
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    Depois que o último filho sai de casa, Chiara (Cibele Tedesco), matriarca de uma família descendente de italianos, decide acompanhar o marido em suas viagens como vendedor pelos botecos da Serra Gaúcha. Esse é o ponto de partida do filme Até Que a Música Pare, de Cristiane Oliveira, que ainda conta no elenco com Hugo Lorensatti e Nicolas Vaporidis.

    A produção estreou no Festival do Rio em 2023, na Mostra Competitiva da Première Brasil, e foi exibida também na edição deste ano do Festival de Gramado, dentro da programação da Mostra Gaúcha. “A escalada recente dos discursos de ódio rachou muitas famílias no Brasil. Esse filme surge um pouco dessa dor e, ao longo da construção do longa, a gente se perguntava muito sobre quais são as palavras que fazem com que você desista de alguém que você ama. Qual é o limite da sua tolerância?”, diz Cibele Tedesco.

    Em comentário sobre o filme publicado no Estadão, o crítico Luiz Zanin Oricchio ressaltou a delicadeza com que o tema é abordado. “Até Que a Música Pare é um filme comovente; produz aquele tipo de emoção suave e sincera, como quase não se usa mais no cinema, e no audiovisual de maneira genérica. Quase démodé numa época em que domina a histeria e a tendência a tudo demonstrar, como se o espectador fosse burro ou insensível para detectar nuances”, escreveu. “Tudo é exposto em camadas, que se vão desvendando aos poucos, sem pressa, num filme de cadência suave e lenta, muito envolvente.”

    O longa foi filmado em municípios gaúchos como Antônio Prado, Nova Roma do Sul, Nova Bassano e Veranópolis.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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