Vereadores tentam reeleição abandonando votação de contas e concurso

Tirando as performances individuais de relevância – algumas, nem todas – a Câmara de Vereadores vai encerrando essa legislatura de forma melancólica. Os parlamentares – todos candidatos, considerando dois a prefeito – tentam permanecer no jogo político, mas a imagem institucional da Câmara não melhorou; pelo contrário.

Contas

Os vereadores deixaram de votar as contas dos ex-prefeitos – uma manobra política, mesmo que digam que não e arrumem desculpas. Ficaram engavetadas as contas de Bomtempo de 2016, rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado; as de Bernardo de 2019 e 2020; as de Hingo Hammes, de 2021; e as de 2022, de Bomtempo. Como as contas de 2016 de Bomtempo precisam ser votadas em ordem, todas as demais foram brecadas. A Comissão de Finanças trancou as contas na gaveta e jogou a chave fora. A oposição ameaçou arrombar essa gaveta com um mandado de segurança, mas não deu em nada. Como as contas de Bomtempo de 2016 foram rejeitadas, sem maioria na Câmara, ele poderia ter essa rejeição confirmada pela oposição e correr o risco de ficar inelegível.

Sem concurso

Com apenas 28 servidores concursados, a Câmara de Vereadores foi intimada pelo Ministério Público a abrir uma seleção, mas deu de ombros e empurrou com a barriga. Até dezembro não vai acontecer. Hoje, são 192 pessoas de livre nomeação dos vereadores em cargos de comissão, e a justiça entende que não pode ser mais assim. O último concurso foi em 2010, mas previu apenas 31 vagas. Antes desse, o anterior foi em 1990.

267 candidatos

Este ano, temos a fartura de 267 candidatos a vereador na cidade. E é aí que mora o perigo para os que tentam ficar. Se não fizeram um bom trabalho, há gente disposta a substituí-los. A conferir daqui a quatro dias.

Eu te disse

Bem que a gente avisou que a overdose de pesquisas eleitorais ia ter consequências. O Ministério Público Eleitoral requereu a suspensão de um levantamento após acusações de fraude por parte de Bomtempo, candidato à reeleição. A pesquisa chegou a incluir Leandro Sampaio como candidato, mesmo ele tendo desistido semanas antes do levantamento. Os promotores também alegaram que a empresa responsável pelo levantamento teria conexão com um candidato a vereador pelo PP em Guapimirim.

Qual a solução?

Além de como vão resolver o rombo no ICMS a menos nas finanças da prefeitura, os nossos queridos candidatos a prefeito já sabem, se eleitos, como fazer com a folha de pagamento dos servidores? Caso não tenha se atentado, a folha consome anualmente cerca de R$ 589 milhões, quase a metade do orçamento anual da prefeitura, de R$ 1,4 bilhão. E isso porque não teve reajuste este ano…

Essa, não!

A CPTrans convocou seus acionistas para uma assembleia geral no dia 15, às 10h, na sede da empresa. A pauta é sobre a eleição de membros para os conselhos de administração e fiscal, além da fixação de suas remunerações. Mas, gente… ainda tem remuneração?

Lembra?

Falando novamente sobre a falta de lugares para estacionar na cidade, a parada irregular nas baias, as vagas de estacionamento rotativo e a SinalPark: lembra que os vereadores iam resolver nossos problemas com o estacionamento rotativo? Passaram-se quatro anos. E resolveram?

Contagem

Petrópolis está há 1 ano e 143 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br