• Morre Armando Freitas Filho, um dos mais importantes poetas brasileiros, aos 84 anos

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  • 26/set 16:55
    Por Redação C2 / Estadão

    O escritor Armando Freitas Filho, um dos mais importantes poetas da literatura brasileira, morreu aos 84 anos. A informação foi confirmada pela editora Companhia das Letras, que publicará em breve Respiro, último livro do autor.

    Nascido no Rio de Janeiro em 1940, Freitas Filho publicou seu primeiro livro, Palavra, em 1963. Em 1985, recebeu um Prêmio Jabuti por 3×4. Também foi vencedor do Prêmio Rio de Literatura, do APCA e do Alphonsus Guimarães, da Biblioteca Nacional.

    Alguns de seu títulos mais importantes são À Mão Livre (1979), Rol (1985), Fio Terra (2000), Raro Mar (2006), Dever (2013), Rol (2016) e Arremate (2020). Em 2003, quando completou 40 anos de carreira, sua poesia até então foi reunida na coletânea Máquina de Escrever.

    O poeta foi “discípulo” de Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. Os conheceu na década de 1960, depois da publicação de seu livro de estreia, e teve seu trabalho profundamente influenciado por eles, em especial por Drummond.

    “Sou um dos poucos que ainda restam que tiveram convívio com ele e essa é uma coisa que me dá até um pouco de aflição”, disse ao Estadão em 2012. “A influência dele era marcante não somente com o que ele escrevia, mas com o que ele falava.”

    Também foi grande amigo e confidente da poeta e crítica literária Ana Cristina Cesar, morta em 1983, aos 31 anos. Foi o organizador da coleção póstuma Novas Seletas, de 2007. Também foi curador de Poética, de 2013, que reuniu a obra da poeta.

    A obra de Freitas Filho foi marcado por um tom biográfico. “Eu sou filho único. A luta amorosa com os pais é importante na minha biografia”, disse ele ao Estadão em 2009, no lançamento de Lar.

    Em comunicado no Instagram, a poeta Alice Sant’Anna, editora de Freitas Filho na Companhia das Letras, lamentou a morte: “Armando era um dos maiores poetas brasileiros em atividade. Sua poesia fala sobre o amor, a morte, a casa, o ofício de escrever, o Rio de Janeiro. Seu legado é gigantesco e continua vivo em cada poema seu”.

    A editora também divulgou o poema Para Este Papel, que fará parte da última coletânea do autor. Veja, no segundo slide da publicação aqui.

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