• Economia global, apesar de resiliente, tem mostrado sinais de desaceleração moderada, avalia BC

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  • 26/set 09:34
    Por Cícero Cotrim e Célia Froufe / Estadão

    O Banco Central detalhou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado nesta quinta-feira, 26, os riscos para baixo citados no seu balanço de riscos para a inflação. Segundo a instituição, a economia global tem mostrado sinais de desaceleração moderada, mas um arrefecimento mais intenso poderia gerar uma pressão desinflacionária externa.

    Essa pressão se materializaria especialmente nos preços de commodities e outros bens transacionáveis, segundo o BC. “Além disso, o enfraquecimento da atividade global poderia levar os bancos centrais das economias avançadas a reduzirem as taxas de juros de forma mais pronunciada, o que tenderia a favorecer o desempenho de moedas emergentes”, afirmou a instituição.

    Nesse ponto, o BC chama atenção especial para a economia chinesa, que não apenas tem apresentado taxas de crescimento cada vez menores, como também enfrenta problemas estruturais. Entre eles, a autarquia cita um descolamento entre demanda doméstica e capacidade instalada, além da contração no setor imobiliário.

    Sobre o segundo risco para baixo citado, de que os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global sejam mais fortes do que o esperado, o BC explica que os juros globais estão em território restritivo há muito tempo, possivelmente com efeitos cumulativos. “Caso esses efeitos sobre a inflação global se mostrem mais fortes do que o esperado, a economia brasileira poderia se beneficiar de uma menor pressão inflacionária externa”, explicou.

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