• Quem foi Osmar de Guedes Vaz?

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  • 17/set 08:00
    Por Fernando Costa

    O escritor José Afonso Barenco de Guedes Vaz, caríssimo confrade nas lides do Direito e, em diversas instituições culturais a exemplo das Academias Petropolitana de Letras, Letras Jurídicas, Instituto Histórico de Petrópolis, dentre outros, autor de vários livros, numa das  produções literárias abordou a “Vida e obra do Poeta Osmar de Guedes Vaz”, seu pai,  em cujo prefácio o trovador Roberto Francisco o destaca  entre as filigranas imperiais “o maior poeta satírico da terra de Pedro II.”

    A Academia Petropolitana de Letras e a Academia Brasileira de Poesia realizaram em datas anteriores cerimônias onde suas virtudes poéticas e jornalísticas foram enfocadas em grande angular extraídas da multifacetada senda do notável saber desse ilustre imortal.

    Na obra acima referida, o mestre Roberto Francisco destacou vários momentos do insigne poeta, por exemplo, a sua fase romântica: “Rosas assim, amarelas, que te deram com bom gosto, não são, Maria, tão belas como as rosas do teu rosto.” O filosófico: “Como pode, meu Jesus ter, na vida, tão má sina, quem se guiou pela luz da sua santa doutrina?” O Osmar apaixonado: Tive tudo, nesta vida, tudo, tudo quanto quis. Sem você, porém, querida jamais seria feliz. “O lado Cristão do poeta: É Natal…E, numa prece a Jesus onipotente, eu peço uma farta messe de graças… pra toda gente.”

    Osmar de Guedes Vaz nasceu em Oliveira, Minas Gerais, em 8 de setembro de 1905, portanto, estaria a completar  119 anos se não houvesse alçado voo aos páramos celestiais.

    Guardo no escrínio de meu coração o carinho e a fraternal amizade a mim dedicados por Osmar e, sobretudo o dia em que o visitei no Edifício Minas Gerais à Rua Barão de Teffé munido de livros e recortes de publicações e de uma carta de apresentação feita em 1984 pelos amigos e confrades Paulo César dos Santos, Octávio de Moraes e Jaques Burllet cujo conteúdo era a inscrição de meu nome à vaga da cadeira número 22, patronímica de Raul de Leoni motivada pelo falecimento do insigne poeta Silvio Júlio de Albuquerque Lima. 

    Daquela data em diante foram realizadas diversas visitas sempre contando com o carinho de sua esposa professora Regina a brindar-nos com deliciosos bolos, em especial os de laranja e, o chá das terras britânicas, sedimentando  o fortalecimento de uma amizade pura e eterna.

    O amigo Osmar de Guedes Vaz era Filho de Affonso de Athayde Guedes Vaz e Floripes Dias de Guedes Vaz.

    Na seara profissional, Osmar era alto funcionário do Departamento Nacional de Estrada de Rodagem, destacou-se na então Autarquia como Diretor do Serviço de Comunicações, assistente do Diretor Geral, engenheiro Jacintho Xavier Martins Filho, tendo se aposentado na condição de tesoureiro geral do D.N.E.R. 

    Pertenceu à Sociedade Petropolitana de Arte e Cultura, Academia Petropolitana de Letras onde ocupou a cadeira de número 28, patronímica de Castro Alves,  União Brasileira de Trovadores (da qual foi presidente), Sala de Letras e Artes Gabriela Mistral e, durante os festejos dos 40 anos da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni, o nome de Osmar de Guedes Vaz foi exaltado entre os luminares da cultura no quadro de Patronos de Membros Eméritos por mim ocupada, no renomado Panteão Cultual.

    Publicou várias obras entre elas “Versos…Di…Versos” em 1956,  “Cantigas que fiz na Serra”, em 1964, “Travos, Trevos e Trovas”, em 1978. Sua bibliografia dá notícia ainda das obras “No Limiar do Além” e o “Canto do Cisne”.

    Figura nos livros “Meus Irmãos os Trovadores” e “Trovadores do Brasil”, coletâneas de Luiz Otávio e Aparício Fernandes, respectivamente.

    Recebeu inúmeras premiações dentre elas através da Academia Internacional de Letras em homenagem ao Ano Internacional da Criança.

    Exerceu o jornalismo. Escreveu durante vários anos nos principais jornais petropolitanos e, no Jornal “Terra Mineira” de Belo Horizonte e no “Vassourense” da cidade de Vassouras.

    Osmar de Guedes Vaz elegeu-se Vereador, mas, preferiu abrir mãos desse cargo em favor de um colega de partido.

    Quanta alegria em reviver o pensador, escritor, poeta, intelectual, trovador, esposo, pai, avô, filósofo e amigo Osmar de Guedes Vaz.

    José Afonso e confrades do IHP.

    Tenho plena convicção de que morte só existe para aquilo que não é eterno e ela só se concretiza a partir do momento que apagamos de nossos corações aqueles aos quais bem queremos.

    E Osmar renasce através da bela e emocionante obra que produziu, ora revivida pelo dileto, culto e inspirado filho José Afonso. 

    Nestes fragmentos de história de sua vida íntegra e reta reluz qual sarça ardente.

    Parabéns a José Afonso pela feliz iniciativa.

    Ao preservar a memória  de Osmar de Guedes Vaz, reaviva a história do homem honrado, culto, ornado em virtudes e amado pai.

    Seja louvado Osmar de Guedes Vaz sob o manto de Maria Santíssima, dos Anjos, Santos e Espíritos de Luz para a glória de Deus Uno, Trino, alegria de seus familiares e legião de admiradores.

    José Afonso e Célio membros da APLEJUR.

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