16/set 08:30
A mobilidade urbana tem sido um grande desafio em Petrópolis. Dados do Detran-RJ apontam que a frota de veículos mais que dobrou nos últimos 20 anos, indo de 93.364 em agosto de 2004, para 198.675 no mesmo mês deste ano. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) também cobrou da Prefeitura a revisão do PlanMob (Plano de Mobilidade Urbana). Ainda neste debate, o município contratou um estudo da Coppe/UFRJ, por cerca de R$ 875 mil, que traz diversas propostas para o tema.
Um dos pontos trazidos pelo estudo é a criação de novos terminais rodoviários nas regiões do Bingen, Retiro, Quitandinha e o retorno do Terminal do Alto da Serra, desta vez, no espaço onde hoje está a Escola Municipal Vereador José Fernandes da Silva. Este último foi inaugurado em fevereiro de 2008, entre a Praça Miguel Couto e a Rua Coronel Albino Siqueira, sendo alvo de críticas pelo espaço apertado, superlotação e demora no horário dos coletivos que atendiam a localidade.
Na época, apesar da maioria das opiniões contrárias, o Terminal do Alto da Serra também recebeu alguns elogios. Um deles, era em relação a possibilidade de se deslocar para áreas mais distantes da cidade com o pagamento de apenas uma passagem. Ainda assim, não durou muito. Em maio de 2009, o transbordo foi encerrado e as linhas voltaram a operar até o Centro da cidade.
Neste último estudo contratado, técnicos da Coppe avaliaram as propostas e se seria viável a instalação dos novos trasbordos. Na conclusão, dizem que “a implantação dos novos terminais traria benefícios à população, priorizando o transporte coletivo em detrimento do individual, como é recomendado pela legislação vigente”.
A Tribuna de Petrópolis traz, hoje (16), as propostas dos candidatos a prefeito para o tema da mobilidade urbana, principalmente em relação a este apontamento da Coppe/UFRJ. Este é o quinto tema da série de entrevistas.
Veja outras publicações das entrevistas:
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Como explicado às assessorias dos candidatos, a primeira resposta, hoje, será do candidato do Republicanos, Eduardo do Blog e a última, do candidato do Novo, Doutor Santoro. Os demais, seguem a ordem alfabética. As respostas foram encaminhadas por escrito pelos candidatos, que tiveram o limite de 500 caracteres contando com o espaço.
Tribuna de Petrópolis: O trânsito também é uma reclamação constante e que afeta diretamente o transporte público. O último estudo da Coppe/UFRJ prevê a criação de novos terminais de transbordo (em áreas como Alto da Serra, Bingen, Quitandinha e Retiro), como uma das medidas para resolver o problema. Acredita que este seja um bom modelo?
Eduardo do Blog (Republicanos): “Vamos criar os terminais no Alto da Serra e no Quitandinha e reformar os terminais do Centro, Corrêas e Itaipava. Vamos duplicar pontes, criar novas rotatórias e construir vias buscando recursos federais e emendas. Investir em mobilidade é garantir qualidade de vida para a população e garantir desenvolvimento econômico. O trabalhador quer chegar em casa, o empresário quer escoar sua produção e o turista quer fugir dos problemas das grandes cidades. O caos no trânsito prejudica a todos!”
Hingo Hammes (PP): “Esta medida pode atenuar os problemas atuais de mobilidade, mas esta solução precisa ser discutida com os usuários do sistema, comerciantes e residentes no entorno dos locais indicados pelo estudo. Para além disso, vamos trabalhar na criação de rotatórias, criação de novas ruas e melhora na sinalização.”
Rubens Bomtempo (PSB): “O estudo da Coppe/UFRJ aponta várias propostas. Entre elas, destaco a construção da segunda ponte em Corrêas e outras duas em Itaipava (na altura do Arranha-Céu e do Hortomercado). Também vamos investir em uma ponte para ligar a Hermogênio Silva à Cascatinha, acabando de vez com o problema de trânsito na entrada do Carangola. Nos próximos quatro anos, vamos seguir avançando na reestruturação do transporte público, com um fim definitivo às sucatas e diálogo permanente com os usuários do serviço.”
Yuri Moura (PSOL): “O estudo da COPPE/UFRJ contribui para a mobilidade em Petrópolis. Nós vamos integrar as ações propostas com as prioridades de garantir a estruturação de vias alternativas e fazer obras nos gargalos das vias convencionais (rotatórias, mergulhões e saídas), incluindo o plano cicloviário e fortalecendo o transporte público. Precisamos também melhorar a gestão do trânsito, a CPTrans não está cumprindo o seu papel e o petropolitano perde tempo no dia a dia.”
Doutor Santoro (Novo): “Além de considerar as soluções propostas, com concessão de todos os terminais existentes ou a serem criados, é necessário explorar novos modais, incluindo estudos sobre a viabilidade de um VLT e de espaço para o transporte alternativo, como mototáxis, Uber, e a criação de aplicativo de táxi, oferecendo tarifas mais competitivas. Nossa política de mobilidade terá como base a liberdade de escolha de modais pelo petropolitano e modicidade na tarifa com licitação das linhas de ônibus em 2025.”
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Proposta de implementação de novos terminais rodoviários
Fonte: Estudo da Coppe/UFRJ
Terminal Alto da Serra: proposta de implementação no espaço onde hoje está a Escola Municipal Vereador José Fernandes da Silva.
Terminal Bingen 2: proposta de implementação na antiga sede da Secretaria de Obras, onde hoje funciona uma base da iluminação pública.
Terminal do Quitandinha: proposta de implementação em frente a Comdep, onde hoje é usado como estacionamento de automóveis.
Terminal do Retiro: proposta de implementação no canteiro central, em frente à 105ª Delegacia de Polícia.