• ‘Precisamos repassar cada vez mais aos Estados para combater crime’, diz Caiado

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  • 31/ago 12:49
    Por Lavínia Kaucz, Eduardo Laguna e Bruna Camargo / Estadão

    O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), defendeu que a União aumente o repasse de recursos para os Estados atuarem em funções da União, como o combate à lavagem de dinheiro, à comercialização de armas e às drogas. Ele disse que em cinco anos gastou R$ 17 bilhões com a segurança pública, mas recebeu apenas R$ 170 milhões.

    “Nós precisamos cada vez mais repassar aos Estados condições para que eles cumpram aquilo que é função da União: lavagem de dinheiro, comercialização de armas e também drogas. No entanto, o repasse da União no meu Estado foi 1% do que eu gastei”, afirmou neste sábado, 31, em painel realizado na Expert, evento da XP Investimentos em São Paulo.

    O governador defendeu, como uma política de segurança pública, que o Brasil tome medidas para sensibilizar os países que mais produzem coca. “Apenas três países do mundo produzem folha da coca, o Peru, a Colômbia e a Bolívia. O Brasil, sendo um país continental, deveria propor uma ação mundial para que nós pudéssemos ofertar à Bolivia, à Colômbia e ao Peru, uma alternativa para que eles não fornecessem esse volume de coca para o mundo”, disse.

    Os dois pontos foram apresentados pelo governador após ele dizer que “estamos em um momento em que o governo está discutindo o Sistema Único de Segurança Pública (Susp)”. No entanto, ele não comentou o mérito da proposta. O Susp faz parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, em discussão no Ministério da Justiça e Segurança Pública, que deve criar diretrizes federais para a área. Hoje, a segurança pública é tratada principalmente pelos Estados. A proposta ainda será enviada para o Congresso.

    Segurança em Goiás

    Ainda em sua fala sobre segurança, Caiado também afirmou que nenhum policial de Goiás vai utilizar câmera. O governador disse que os policiais não vão criar provas contra si mesmos, segundo ele os agentes “respondem pelos seus atos”.

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