• Petróleo fecha em queda, diante de preocupações com demanda chinesa e dólar forte

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  • 28/ago 16:04
    Por Gabriel Tassi Lara / Estadão

    O petróleo fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta quarta-feira, 28, devolvendo os ganhos conquistados na segunda-feira, depois que a Líbia anunciou uma paralisação da produção e exportação do óleo em meio a conflitos políticos. Pesou sobre os preços a força do dólar e as preocupações com uma demanda fragilizada na China.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em queda de 1,34% (US$ 1,01), a US$ 74,52 o barril, enquanto o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perdas de 1,37% (US$ 1,08), a US$ 77,58 o barril.

    Mesmo que tenham fechado em queda, os preços do óleo encerraram o dia longe das mínimas, visto que recuperaram parte do terreno depois que o Departamento de Energia (DoE) americano registrou queda na produção média diária de petróleo e uma diminuição nos estoques do óleo e da gasolina.

    Embora analistas avaliem que os mercados permaneçam atipicamente voláteis de olho em novos desdobramentos no Oriente Médio, um período de relativa calmaria nas tratativas por paz na região tem permitido que a atenção se volte à fragilidade da demanda outra vez. “Riscos geopolíticos continuaram a pairar sobre o mercado em preocupações de que o conflito Israel-Gaza poderia se ampliar e incluir militantes apoiados pelo Irã do Hezbollah. Este ainda é o maior risco para os mercados petrolíferos”, escreve a analista do City Index, Fiona Cincotta.

    De acordo com a analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, a fraca recuperação econômica da China tem trazido a convicção de que a demanda global pelo óleo vai esfriar no médio prazo.

    Enquanto isso, o impulso trazido pela interrupção na produção libanesa não durou. A BTU Analytcs destaca que o impacto dos conflitos políticos libaneses deve ter curta duração nos preços, visto que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) tem capacidade de compensar o buraco deixado na oferta global.

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