• BC precisa aprender que, para combater a inflação, não tem só um jeito, diz Marinho

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  • 26/ago 12:38
    Por Gabriel Vasconcelos / Estadão

    Ao adiantar o movimento positivo do mercado de trabalho em julho com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, aproveitou para criticar a condução da política monetária pelo Banco Central. O presidente do BC, Roberto Campos Neto tem sugerido que um mercado de trabalho aquecido inspira preocupações devido à repercussão na inflação.

    “Quero chamar atenção do Banco Central. Isso (mercado de trabalho aquecido) não pode ser pretexto para falar de aumento de juros. O Banco Central precisa aprender que combater a inflação não tem só um jeito, que é o jeito de restrição de crédito e aumento de juros. Controla-se a inflação também com oferta, com mais produção”, disse Marinho.

    Ele falou no seminário “Desenvolvimento e Mundo do Trabalho”, que acontece nesta segunda-feira na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

    “É mais produção para controlar a inflação, mais distribuição, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora do País. Porque há espaço para isso. Chamo atenção para o empresariado que olhe a sua linha de produção, a sua capacidade produtiva. Nós ainda não ocupamos a totalidade da capacidade produtiva instalada. Há espaço para crescimento”, continuou Marinho.

    Segundo o ministro, “quando e se” houver ocupação de 100% das plantas industriais do País, pode-se planejar novos investimentos a fim de ampliá-la com oferta de mais crédito.

    “Não sou economista, mas a gente aprende na vida. Vimos durante (os governos) Lula 1 e 2 que controlamos a inflação aumentando a produção”, afirmou Marinho.

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