Slackline: equilíbrio, disciplina e atividade física na Praça da Liberdade

O grupo de praticantes de Slackline existe há dois anos na cidade, mas há cerca de dois meses iniciou um projeto de se reunir semanalmente na Praça da Liberdade para praticar Slackline e ensinar o esporte a quem quiser. Os encontros têm reunido cerca de 35 pessoas toda terça-feira, das 18h às 22h. Porém, em eventos – como o encontro do último sábado (21) –, o número de participantes chega a 50. De acordo com Carolina Court, de 20 anos, outros esportistas costumam se juntar a eles na praça. Um exemplo é a Prancha do Equilíbrio e o Tecido Circense.

O objetivo do projeto, de acordo com a estudante de Administração e uma das fundadoras do grupo, é incentivar a prática do esporte. Ela foi umas das que se juntaram a Igor Pereira, de 20 anos, na idealização do Slack Serrano. “A princípio, nossa ideia era apenas treinar mesmo, mas as pessoas foram aderindo e a coisa cresceu. O próprio Slackline foi ficando mais conhecido”, afirma.

O grupo monta as fitas nas árvores da praça, em diferentes alturas – de acordo com as modalidades do esporte. Para quem quiser aprender, fitas mais baixas são disponibilizadas.  

Letícia da Silva Vieira, de 22 anos, foi uma das que aprendeu nos encontros. Ela começou a praticar há um mês e meio. “Eu vi a divulgação que o Igor fez no Facebook e vim. Aprendi aqui no meu segundo encontro”, conta a auxiliar de cozinha que nos horários vagos projeta mó- veis. “É totalmente possível para quem nunca praticou”.

Carolina conta que o grupo sempre procura chamar outros praticantes que estejam em outras partes da praça para se juntar a eles. “Porque, se não montar direito, pode machucar”. Leonardo Andrade, de 18 anos, conta que a “catraca” tem que estar bem presa com o “backup”, caso contrário, se a fita porventura arrebentar, o aparato de ferro bate direto no esportista. Ele lembrou de um amigo que recentemente teve fratura exposta no tornozelo porque a fita onde se equilibrava arrebentou e a catraca veio direto ao encontro do seu pé. “Por isso é importante ter cuidado em montar direito os equipamentos”.

Em março, o grupo montou um Highline na Trilha de Palmares, em Araras. O Highline é uma das quatro modalidades de Slackline (Longline, Trickline, Highline e Waterline) sendo uma das vertentes mais desafiadoras. O esporte basicamente consiste em se equilibrar em uma fita ancorada em alturas superiores a cinco metros de altura e pode ser feito entre formações rochosas, canyons e prédios. Em Petrópolis, o que não falta são montanhas para desafiar os esportistas. Na Trilha dos Palmares, o Highline montado pelo grupo alcançou 15 metros de comprimento e mais de 30 metros de altura.

Para além do esporte, o grupo tem outros projetos. Toda última terça-feira do mês, por exemplo, um mutirão para recolhimento de lixo na praça é feito pelos esportistas. No último evento que fizeram, arrecadaram doações de agasalhos para distribuir a moradores de rua. E os sonhos continuam: “Uma vontade que temos é conseguir um lugar para fazer uma sede para o Slack Serrano”, confidencia Carolina.