Autora de projeto de inclusão na educação é selecionada para curso na Irlanda
A professora petropolitana da rede municipal Rosane Karl é uma entre os 21 profissionais selecionados para participar do Programa de Desenvolvimento de Profissionais da Educação Básica na Irlanda, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Participaram da seleção profissionais da rede pública de educação de todo o país. No estado do Rio de Janeiro, apenas quatro profissionais de educação foram selecionados.
O edital foi aberto no início do ano. Para participar, o candidato deveria apresentar seu currículo acadêmico e um projeto de pesquisa. Podiam participar candidatos da rede pública de ensino de educação básica e colégios militares. Rosane é doutora em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e atualmente é orientadora da rede municipal nas escolas Nossa Senhora de Fátima e Santa Rita de Cassia, desde 2017. Trabalha na rede pública desde 2011. Antes lecionava a disciplina de língua inglesa.
O projeto que garantiu a vaga da professora é voltado para a inclusão de alunos com dificuldade de aprendizado. “Meu projeto é baseado nos alunos que têm dificuldade de aprendizado em função de transtorno de aprendizagem ou linguagem. Há uma série de crianças que, por não estarem na lista oficial de inclusão do MEC, não têm direitos, como nos cados de Transtorno do Déficit de Atenção (TDH) e TOD. O número de alunos com essas características na rede cresce ano a ano. Então o projeto é uma tentativa de buscar meios de ajudar esse público que não é abraçado na lei”, explicou Rosane.
Em 2012, Rosane participou do Programa de Desenvolvimento de Professores de Língua Inglesa no Institute of Education (IoE) da Universidade de Londres (que hoje se chama University College London), também com bolsa da Capes. O resultado do edital saiu na última semana. O curso tem duração de dois semestres. E Rosane já embarca no dia 1° de agosto. Ao longo do curso, os participantes desenvolverão atividades de apoio institucional e desenvolvimento de ensino, questões nacionais e internacionais na educação, tutoria e liderança escolar.
“A expectativa é muito boa, uma oportunidade única nessa situação delicada que a educação está passando no Brasil, é um programa inesperado. Não só pelo crescimento profissional. É uma responsabilidade muito grande. Uma das minhas missões é ser divulgadora dessas práticas em outros lugares, não só pelo mundo, mas principalmente no Brasil. Uma das metas que eles têm nesses programas é que as pessoas que consigam participar sejam replicadoras, agentes de multiplicação, experiências e aprendizados”, completou.