Famílias denunciam erro médico em cirurgias ocorridas no Hospital Alcides Carneiro
As famílias de duas pacientes do Hospital Alcides Carneiro (HAC) denunciaram à Tribuna a ocorrência de erros médicos nas cirurgias realizadas nas mulheres. Elas tiveram a bexiga perfurada durante os procedimentos. Uma delas não resistiu e morreu dias depois. A outra continua internada na unidade. A Prefeitura disse em nota, que a direção do HAC está avaliando os casos e abrirá sindicância para apurar as denúncias.
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De acordo com os familiares, os procedimentos foram realizados pela mesma profissional. As famílias disseram que não procuraram a direção do hospital para denunciar os erros e falaram apenas com a equipe médica. As cirurgias aconteceram na semana passada. Também em nota, a Prefeitura confirmou que não houve denúncia formal por parte dos parentes das pacientes e que o HAC possuiu uma Central de Ouvidoria que recebe as reclamações.
“Minha esposa faleceu quatro dias depois da operação. A médica disse que tinha perfurado a bexiga, mas que isso era normal e que tudo ficaria bem. Mas não foi isso que aconteceu, ela morreu. Estamos inconformados com toda essa situação porque ela estava bem”, lamentou o marido de Jaqueline da Costa Thomáz, de 46 anos. Ela internou no HAC no dia três para a realização de uma histerectomia. O procedimento aconteceu dia quatro. “Ainda dói muito saber que ela morreu devido a um erro”, comentou. O corpo de Jaqueline foi enterrado no dia nove.
A outra paciente, de 47 anos e cujo nome a família não quis revelar, continua internada no Hospital Alcides Carneiro, em recuperação. A filha Thaís Ramos, de 22 anos, contou que a operação para retirada de um mioma aconteceu no dia cinco e dias depois ela teve que passar por um novo procedimento para fechar a ruptura na bexiga. “Ela começou a sentir muita dor depois da operação e a barriga começou a inchar. Fizeram exame e viram que tinha muito líquido no abdômen. Era urina. Minha mãe poderia ter morrido por infecção por causa de um erro”, lamentou a filha.
As duas famílias não informaram se vão entrar com ações na justiça contra o hospital e contra a médica que realizou os procedimentos. “Não pensamos nisso ainda. Estamos muito abalados e sem saber o que fazer. Mas estou inconformado de ter perdido minha mulher desse jeito”, disse o marido de Jaqueline.