• Indicação para a presidência do BC é um ‘não-tema’ para os diretores, afirma Galípolo

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  • 19/ago 14:15
    Por Cícero Cotrim e Aline Reskalla, especial para a AE / Estadão

    Em um almoço com políticos e empresários em Belo Horizonte, nesta segunda-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a indicação para presidência do BC é um “não-tema” para diretores da instituição. A afirmação foi dada em resposta a questionamento se uma eventual indicação dele para presidência do Banco Central representaria uma ameaça à independência do órgão. “É um ‘não-tema’ para diretores do BC.”

    Segundo ele, a prerrogativa de indicar o presidente do BC é do presidente da República, e o Senado deve aprovar. “Não, o que eu posso fazer é dar um testemunho no sentido contrário. Eu jamais me senti pressionado a fazer qualquer tipo de atitude, a partir da minha indicação no Banco Central”, garantiu. “Ao final do dia, quem indica presidente do BC é o presidente da República. O presidente do BC é o Roberto Campos Neto, que exerce na plenitude.”

    Para Galípolo, o presidente da República tem tido uma atitude “absolutamente republicana”, argumentando que tem ido a público fazer um debate sobre os juros. “O presidente fala o que ele pensa publicamente. Acho que isso tem sido claro nas últimas entrevistas dele. Eu jamais me senti pressionado pelo presidente a fazer qualquer tipo de atitude”, afirmou.

    O diretor avaliou ainda que todas as vezes em que são renovadas a liberdade e a autonomia do Banco Central, é permitido que elas ajam com mais atuação técnica.

    O BC recebeu autonomia operacional há dois anos e, neste momento, há uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para conceder autonomia operacional e financeira à instituição. Toda a diretoria do BC já se declarou favorável à PEC 65, mas o governo não tem pressa na sua votação.

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