• Avião que caiu tinha falhas no ar-condicionado, diz passageira que voou na véspera

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  • 09/ago 19:45
    Por Adriana Victorino / Estadão

    A aeronave da Voepass Linhas Aéreas que caiu na cidade de Vinhedo (SP) nesta sexta-feira, 9, apresentou problemas no ar-condicionado no dia anterior, segundo relatos da jornalista Daniela Arbex, que estava presente em um voo da companhia. A assessoria de imprensa para Voepass informou que a companhia prestará esclarecimentos sobre o ocorrido.

    Daniela registrou imagens de passageiros passando mal durante o trajeto feito com a aeronave ATR-72-500, na última quinta-feira (08). O voo partiu de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, com destino a Juiz de Fora, em Minas Gerais, e fez escala no Aeroporto de Guarulhos. Vídeos compartilhados em sua página no Instagram mostram as pessoas se abanando. Um homem chegou a tirar a camiseta dentro do avião.

    “Fiquei muito indignada, porque pela terceira vez a aeronave da companhia apresentava problemas tanto no trecho de SP quanto no da conexão para Minas”, escreveu a jornalista.

    Ao Estadão, ela revelou que já se preocupava com o assunto. “Peguei o mesmo voo ontem. Estávamos todos suando. É uma rota que sempre faço, nunca sai na hora. Levei um susto ao saber do acidente. Me preocupava sempre a questão da manutenção. Se o ar condicionado estava assim, imagina o restante”.

    “Um rapaz tirou a camisa, havia crianças”, completou.

    No primeiro trecho do voo, os passageiros foram informados de que o ar condicionado precisava de manutenção. Antes de decolar com destino a Minas Gerais, as pessoas a bordo reclamaram novamente sobre o calor e foram informados de que o ar-condicionado não funcionava em solo, “somente no ar”, o que não aconteceu depois da decolagem.

    O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes saiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Moradores de Vinhedo registraram o momento da queda no início desta tarde, em uma área residencial, próximo a rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324). Segundo informações da Prefeitura de Cascavel e da Polícia Militar, não há sobreviventes.

    “Lamento profundamente pelas vidas perdidas hoje e percebo que corremos um risco real”, escreveu a jornalista nas redes sociais.

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