UCP conclui inventário que mostra quase 2,4 mil árvores em 16 ruas do Centro
As árvores do Centro Histórico agora são reconhecidas e catalogadas no Inventário do Arboreto Público do Centro Histórico de Petrópolis. O trabalho feito pela Universidade Católica de Petrópolis em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Secretaria de Meio Ambiente foi finalizado. O documento abrange 16 ruas do Centro e catalogou 2.395 árvores.
O levantamento começou a ser feito em 2017 e foi concluído este ano. As árvores foram catalogadas em tabelas botânicas que contém nome científico, nome popular e o DAP (diâmetro na altura do peito), que é o diâmetro do tronco da árvore. Esse dado relacionado à espécie estima aproximadamente a idade da árvore. As 16 vias contempladas no levantamento foram selecionadas em conjunto com o Iphan, em função da sua vulnerabilidade: ou seja, são ruas com maior número de fluxo de pessoas e ruas com unidades arbóreas de maior porte e mais “velhas”, de acordo com a UCP.
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Em 2015, um dos campus da UCP passou por obras emergenciais, e na ocasião o Iphan indicou a necessidade de algumas adequações no projeto inicial das intervenções. Foi aberto um processo administrativo e segundo a UCP, após as adequações, a instituição espontaneamente propôs a elaboração do inventário. Uma cópia do Inventário também foi entregue ao MPF. “Com essas informações contidas no inventário, a gestão municipal vai conseguir traçar estratégias de previsibilidade dessa árvore em campo. Ou seja, árvores mais velhas têm uma propensão maior de reagir negativamente às intempéries, a impactos físicos, como o próprio trânsito, por exemplo”, explica a professora Danielle Pinto Inocencio da Silva, que coordenou o trabalho executado por alunos e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da UCP.
O vice-reitor da Universidade, maestro Marcelo Vizani, explica que o trabalho de elaboração foi importante para o aprendizado dos alunos, criando um sentimento de pertencimento com a cidade. As plantas das ruas foram feitas com autocad, assim o inventário pode ser alterado em qualquer momento. Sendo uma forma de manter o cadastro sempre atualizado, como explica o vice-reitor. Todas as árvores que foram catalogadas têm um código, que é em função do nome da via, e uma numeração sequenciada de acordo com a sua localização. Elas também foram medidas metricamente com base cadastral aerofotogramétrica da prefeitura, datada do final da década de 90.
O inventário também registrou uma tabela com as 30 principais árvores encontradas no Centro Histórico, que são as árvores que mais aparecem. Nesta tabela, além das informações contidas na tabela geral, também foram incluídas a origem do espécime. “Todo trabalho do inventário foi realizado de forma integrada entre a UCP, IPHAN e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com objetivo de cuidar e preservar o conjunto arbóreo do Centro Histórico, que faz parte do patrimônio histórico e paisagístico da cidade”, pontua o vice-reitor, maestro Marcelo Vizani. É importante frisar que a identificação presa às árvores não devem ser removidas, porque fazem parte do levantamento, fundamental para localização das unidades