Macron conversa com Lula e elogia posição do Brasil em nota conjunta sobre eleição na Venezuela
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu, nesta segunda-feira, 5, um telefonema do presidente da França, Emmanuel Macron, enquanto cumpre agenda em Santiago, no Chile. Na conversa, o líder francês elogiou a posição do Brasil, Colômbia e México em nota conjunta entre os países divulgada na última quinta-feira, 1º, sobre as eleições na Venezuela, que estão sendo acusadas de fraude.
As informações foram divulgadas no começo da tarde pelo Palácio Itamaraty. “Macron elogiou a posição de Brasil, Colômbia e México emitida em nota conjunta na última quinta-feira (1/8), e a posição do país de estímulo ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana”, diz nota divulgada pelo governo brasileiro.
Na conversa com Macron, o Lula “reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano”.
Na nota conjunta publicada na semana passada, Brasil, Colômbia e México disseram acompanhar com atenção o escrutínio dos votos na Venezuela. Os governos pediram por apuração imparcial e cobraram a divulgação dos dados das urnas, que comprovariam os resultados.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, diz a nota assinada pelos países.
O ditador Nicolás Maduro foi declarado vencedor nas eleições, mas a oposição afirma ter provas de fraude eleitoral. Diante do impasse, a Venezuela é pressionada a divulgar as atas, documentos que são extraídos das urnas e servem para atestar os resultados.
No telefonema com Lula, Macron também agradeceu a presença da primeira-dama brasileira, Rosângela da SIlva, conhecida como Janja, na abertura das Olimpíadas de Paris. “O presidente Lula agradeceu o carinho de Macron e de sua esposa na recepção à delegação brasileira”, acrescentou a publicação do Itamaraty.