Dólar sobe por Ptax, após cair sob pressão técnica e alívio externo
O dólar está volátil e passou a subir, em meio a rolagens de contratos futuros e mantendo atenção nas contas públicas, em dia de definição da taxa Ptax do fim de julho. A moeda americana abriu esta quarta-feira, 31, em baixa, sob influência do apetite por risco no exterior.
Os rendimentos dos Treasuries e o dólar ante moedas desenvolvidas recuam. A liquidez é reduzida e investidores estão em compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Copom. Investidores aguardam ainda a entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell (15h30).
As apostas são de manutenção de juros nos dois casos. Mas, espera-se que o Fed traga sinais mais claros sobre corte de juros em setembro e o potencial montante neste ano. Já para o comunicado do Copom, a aposta é num tom mais cauteloso em relação à deterioração das expectativas, depreciação do câmbio e baixa credibilidade da política fiscal.
As bolsas ampliaram ganhos em Nova York, contribuindo para alta do Ibovespa futuro, enquanto nos mercados acionários da Europa o impulso foi mais contido, após o relatório de geração de vagas no setor privado nos EUA da ADP vir um pouco abaixo do esperado para julho. Alta do minério ajuda também.
Na Europa, a inflação ao consumidor na zona do euro veio acima do esperado e ajuda a impulsionar as moedas europeias ante a americana. Além disso, o Banco do Japão elevou o juro básico para 0,25%, ante a faixa anterior de 0% a 0,1%.
Uma ampliação da alta do petróleo para mais de 3% ajuda a pressionar ainda o dólar no exterior. Mais cedo, a commodity já era impulsionada por renovadas tensões no Oriente Médio, após o assassinato de um líder do grupo militante Hamas, e por relatos de forte queda nos estoques de petróleo bruto dos EUA na última semana.
Os investidores locais avaliam ainda o decreto que detalha a contenção de R$ 15 bilhões de despesas, publicado na noite de terça (30) em uma edição extra do Diário Oficial da União. Os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais afetados pelo congelamento.
Às 9h47, o dólar à vista subia 0,75%, a R$ 5,660. Mais cedo, a moeda havia caído a R$ 5,6084 (-0,16%) após a abertura. O dólar para setembro, contrato mais líquido a partir desta quarta, ganhava 0,89%, a R$ 5,6785.