• Déficit nominal do setor público soma R$ 135,724 bilhões em junho, afirma BC

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  • 29/jul 10:01
    Por Cícero Cotrim e Amanda Pupo / Estadão

    O setor público consolidado teve déficit nominal de R$ 135,724 bilhões em junho, informou o Banco Central (BC). Em maio, o déficit havia sido de R$ 138,256 bilhões. Em junho de 2023, foi de R$ 89,625 bilhões. No ano até junho, o setor público tem déficit nominal de R$ 498,225 bilhões, equivalente a 8,91% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o rombo nominal chegou a R$ 1,108 trilhão, ou 9,92% do PIB.

    No fim do ano passado, o déficit nominal acumulado nas contas do setor público chegou a R$ 967,417 bilhões, ou 8,91% do PIB.

    O resultado nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público, contando o pagamento dos juros da dívida pública.

    Em junho de 2024, o governo central teve déficit nominal de R$ 126,572 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 6,953 bilhões, enquanto as empresas estatais foram deficitárias em R$ 2,199 bilhões.

    Dívida pública

    A dívida pública brasileira subiu em junho. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral ficou em R$ 8,691 trilhões no sexto mês de 2024, o que representa 77,8% do Produto Interno Bruto (PIB) contra 76,7% de maio e de 74,4% de dezembro do ano passado.

    O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

    A Dívida Bruta do Governo Geral que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

    A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) também subiu no sexto mês de 2024 para 62,2% do PIB, ante 62,1% em maio. A DLSP atingiu R$ 6,946 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.

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