Newcastle: Ministério da Agricultura reduz emergência zoossanitária no RS para 5 municípios
O Ministério da Agricultura reduziu a abrangência do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul para cinco municípios. Até então, todo o território do Estado encontrava-se em estado de emergência desde 18 de julho, após a constatação de um foco da doença de Newcastle em um aviário comercial no município de Anta Gorda. Com a nova medida, os municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado permanecem em emergência.
A flexibilização da emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul consta em portaria, publicada em edição extra do Diário Oficial da União. A decisão, relatam fontes, vem após resultados de testes laboratoriais descartarem novos casos na região. Cinco casos suspeitos apresentaram resultado negativo para o vírus patogênico. A restrição da emergência zoossanitária à região afetada foi solicitada pelo setor avícola gaúcho ao ministério, que pleiteou que sejam consideradas medidas restritivas apenas dentro de um raio de 10 quilômetros do caso identificado em Anta Gorda.
Em nota, o Ministério da Agricultura esclareceu que até o momento apenas um foco da doença foi detectado no País. De acordo com a pasta, não foram identificadas suspeitas de novos focos para a DNC, nas 443 propriedades visitadas pelas equipes técnicas do Ministério e da defesa agropecuária estadual, incluindo a totalidade de alojamentos de produção avícola comercial localizados na área de onde foi detectado a doença. “A agilidade com que nossa equipe tem trabalhado é de extrema importância para voltarmos a normalidade das nossas exportações de frango”, disse Fávaro na nota.
O Ministério reiterou que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanece seguro e sem contraindicações.
A doença de Newcastle é uma zoonose viral que afeta aves domésticas e silvestres e causa sinais há uma semana a detecção do foco de DNC em um estabelecimento industrial de 14 mil animais em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério, o estabelecimento avícola foi “imediatamente interditado”. Os últimos casos no País haviam sido registrados em 2006 em aves de subsistência no Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Em virtude da doença, o Brasil suspendeu as exportações de produtos avícolas para 44 mercados, incluindo a China, conforme previsto nos protocolos sanitários acordados com os países.