• Globoplay aposta em interesse por novelas antigas

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 23/jul 08:46
    Por Daniel Silveira / Estadão

    Chocolate com Pimenta, um clássico de Walcyr Carrasco que foi ao ar originalmente na faixa das 18h da Globo, é a novela mais revista do Projeto Resgate do Globoplay.

    A novela conta a história de Ana Francisca, menina pobre interpretada por Mariana Ximenes, que se apaixona por Danilo, o bonitão da cidade vivido por Murilo Benício. Ela é abandonada por ele e vira piada na cidade. Grávida, casa com Ludovico, o gentil dono de uma fábrica de chocolates.

    Chocolate com Pimenta é sucesso desde sua primeira exibição, em 2003, e voltou a conquistar bons números de audiência todas as vezes que foi reprisada – duas delas no Vale a Pena Ver de Novo e uma terceira na faixa especial da Globo após o Jornal Hoje. No primeiro semestre de 2024, houve crescimento de 25% no consumo da obra quando comparado ao segundo semestre do ano passado.

    Em 2024, o Projeto Resgate completa quatro anos oferecendo, na íntegra, novelas, séries e minisséries do acervo da Globo. Até junho, foram publicadas 100 obras.

    “Era um projeto antigo que a pandemia acabou acelerando”, comenta Flavio Furtado, gerente de Programação do Globoplay. “A gente olhava para o acervo e sabia da sua importância e havia uma demanda de público, de fãs de novela.”

    O projeto inclui uma novela a cada 15 dias. Quem tem assinatura da plataforma pode ver tanto novelas exibidas mais recentemente, nos anos 2010, até produções dos anos 1970, como Dancin’ Days (Gilberto Braga, 1978) e a primeira versão de Anjo Mau (Cassiano Gabus Mendes, 1976).

    Estreias

    As novelas do projeto representaram 25% do consumo das produções do tipo da plataforma. Em agosto, a plataforma estreia em seu catálogo Pecado Rasgado (1978), de Silvio de Abreu, e Ciranda de Pedra (2008), de Alcides Nogueira, livremente inspirada no livro de Lygia Fagundes Telles.

    Mas nem todas as novelas exibidas vão estar na plataforma. Tudo começa com a de quais delas estão completas. “Primeiro a gente vê se esses conteúdos estão na íntegra, depois tem de passar por trâmites jurídicos”, diz Furtado.

    Para produções que não estão completas, cujo material foi perdido ao longo dos anos, a plataforma também criou o projeto Fragmentos, para novelas que tinham menos de 20 capítulos disponíveis.

    “Depois, tem todo um processo de adequação desse material, digitalizar, passar pelo controle de qualidade”, explica Furtado. Segundo ele, a proposta é ter sempre um equilíbrio entre décadas, autores, grandes sucessos e outros nem tão grandes assim.

    “A ideia é trazer tudo o que já foi exibido pela Globo e que tiver completo no acervo de novelas”, informa. Além disso, existe o termômetro das redes sociais, já que usuários estão sempre pedindo produções em comentários nos perfis da empresa.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Últimas