• Bolsas de NY fecham em queda após pane cibernética

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  • 19/jul 17:34
    Por Patricia Lara, especial para o Broadcast* / Estadão

    As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira, 19, após o apagão cibernético global provocar interrupções em atividades de diversas empresas ao redor do globo e gerar a cautela. A sessão marcou o fim de uma semana volátil, em que o Dow Jones e o S&P 500 tocaram máximas históricas. Os índices referenciais chegaram a ter perdas mais profundas durante a sessão, à medida em que os investidores assimilavam os impactos da pane causada por uma atualização de um software de segurança cibernética Crowdstrike, usado em máquinas que executam o sistema operacional Microsoft Windows. As ações da Crowdstrike derreteram e as da Microsoft tiveram baixa moderada.

    O Dow Jones caiu 0,93%, aos 40.287,53 pontos, distanciando-se do recorde de 41.198,08 pontos no fechamento da sessão de quarta-feira. Ao longo da sessão, o índice chegou a cair mais de 1%. O Nasdaq cedeu 0,81%, fechando em 17.726,94 pontos. O S&P 500 perdeu 0,71%, encerrando o pregão aos 5.505,00 pontos. O índice VIX, espécie de termômetro do medo em Wall Street, subia 3,77%, a 16,53 pontos, após ter atingido maior nível em quase três meses. Na semana o Dow Jones subiu 0,72%, mas S&P 500 (-1,97%) e Nasdaq (-3,65%) tiveram a maior perda semanal desde meados de abril.

    O presidente-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, disse que uma solução foi implantada, mas as ações da empresa de software de segurança cibernética caíram 11,1%. A ação teve o pior desempenho no índice S&P 500. A Microsoft recuou 0,74%.

    A pane favoreceu concorrentes da CrowdStrike. A SentinelOne e Palo Alto Networks subiram 7,85% e 2,16%, respectivamente. Apesar da interrupção cibernética, as negociações funcionaram normalmente nas bolsas dos EUA. Algumas empresas financeiras, como a Bolsa de Valores de Londres, reportaram problemas.

    As ações da Netflix caíram 1,51%, com os investidores optando por realizar lucros mesmo diante dos resultados sólidos da empresa de streaming. A empresa anunciou, ontem, lucro líquido de US$ 2,15 bilhões no segundo trimestre deste ano, um avanço de 44% em relação a igual período de 2023. O resultado de US$ 4,88 por ação ficou acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 4,74. Apesar disso, investidores se decepcionaram com o guidance de desaceleração do número de assinantes. Os papéis da empresa acumulam alta de mais de 30%?no ano.

    As fabricantes de chips amargam mais um pregão de perdas em um ambiente de incertezas sobre as relações entre Estados Unidos e China. O papel da Nvidia perdeu 2,61%, Qualcomm cedeu 2,74%, Intel recuou 5,42% e AMD, 2,69%.

    A ação da American Express perdeu 2,74%, após a empresa informar receita aquém do esperado no segundo trimestre.

    * Com informações da Dow Jones Newswires

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