Quase 800 motoristas já foram multados por uso do celular no trânsito
Todo mundo sabe que é proibido usar o celular enquanto dirige, no entanto, é fácil andar pelas ruas e encontrar vários motoristas utilizando o aparelho no trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe o manuseio do celular, mesmo uma olhada rápida. Um estudo o Ministério da Saúde (MS), divulgado esta semana, revelou que um de cada cinco motoristas um admite o uso do aparelho enquanto dirige. O levantamento ouviu mais de 52 mil pessoas entre fevereiro e dezembro de 2018.
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De acordo com o Código de Trânsito a prática é infração gravíssima. O descumprimento da norma representa perda de sete pontos na carteira de motorista e multa de R$ 293.47. Até 2016, dirigir usando o celular era considerada uma infração média, mas devido a quantidade de acidentes a lei teve que ser modificada.
Em Petrópolis, segundo dados da Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans), de janeiro a maio de 2019, foram registradas 426 autuações de trânsito por dirigir veículo manuseando o celular, 187 por manuseio (mesmo com o veículo parado) e 128 por utilizar o aparelho. Essas infrações ocupam, respectivamente, a 5ª, 9ª e 10ª posições no ranking de atuações de trânsito do município.
De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), usar celular enquanto dirige aumenta em 400% o risco de acidentes e digitar mensagem reduz muito o tempo de reação. Segundo dados do Departamento, de janeiro a março, foram 372,3 mil multas em todo o Brasil. O crescimento foi de 24% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 300.087 autuações. No Estado do Rio de Janeiro, as multas no primeiro trimestre passaram de 16 mil em 2018 para 20,1 mil neste ano.
Além dos celulares, dados sobre o uso de álcool e o excesso de velocidade também foram temas da pesquisa do Ministério da Saúde. Da população entrevistada, 11,4% (ou 5.973 pessoas) disse já ter recebido multas de trânsito por trafegarem acima da velocidade permitida. Já na combinação de direção e álcool, 5,3% dos entrevistados (ou 2.776) assumiram já ter conduzido veículos após o consumo de qualquer quantidade de álcool. A maior incidência foi entre os homens, com 9,3%, contra as mulheres, 2%.