Bolsas de NY: Nasdaq e S&P 500 fecham em baixa, com rotação de techs para small caps após CPI
Os três principais índices de Nova York fecharam sem direção única hoje, diante da rotação de ações de gigantes de tecnologia em direção a setores como o financeiro e o industrial. O movimento penalizou principalmente o Nasdaq, que caiu quase 2%, apesar da desaceleração da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA.
O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,08%, a 39.753,75 pontos. Por outro lado, S&P 500 cedeu 0,88%, a 5.584,54 pontos; e o Nasdaq perdeu 1,95%, a 18.283,41 pontos. Esses dois últimos corrigem parte da escalada recente, após terem renovado recorde em várias dos pregões anteriores.
O índice Russell 2000, que reúne os papéis “small caps” em Wall Street, subia quase 4% no final do dia, de acordo com o Yahoo Finance! . Investidores se desfizeram de ações dos setores de tecnologia, comunicações e consumo, em uma rotação que beneficiou principalmente as empresas de menor capitalização.
Em destaque negativo, Nvidia recuou 5,57%, Apple perdeu 2,32% e Meta cedeu 4,11%. Tesla desabou 8,44%, após reportagem da Bloomberg revelar que a empresa deve adiar para outubro o lançamento do Robotaxi. Já o papel do Citi se contrapôs ao tom positivo do setor bancário e perdeu 1,90%, depois que o banco foi alvo de multa de reguladores dos EUA.
Delta caiu 3,99%, na esteira de balanço que apontou lucro aquém do esperado. Na esteira, American Airlines cedeu 3,77% e United Airlines baixou 3,20%. PepsiCo subiu 0,22%, também após resultados.
Neste ambiente, os mercados acionários tiveram dificuldade para se beneficiar do alívio nos juros dos Treasuries, após o dado de inflação. O CPI teve inesperada queda de 0,1% em junho ante maio e desacelerou à taxa anual de 3,0% no mês passado. O dado fortaleceu a aposta por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) este ano.
Para o Jefferies, a recente evolução do cenário macro é positiva para ativos de risco, entre elas ações. O banco vê melhores oportunidades nos EUA que na Europa, por conta dos riscos políticos. “Continuamos a gostar das big techs”, afirma.